Jornal de Angola

Mais de 15 postos de saúde fechados no Cuanza-Norte

- Manuel Fontoura | Lucala

Mais de 15 postos de saúde, espalhados por vários municípios da província do Cuanza-Norte, encontrams­e encerrados, há vários meses, por falta de técnicos, afirmou recentemen­te, no município do Lucala, a directora local do Gabinete Provincial da Saúde.

Filomena Wilson, que dissertava numa palestra sobre o tema “Municipali­zação dos cuidados primários de saúde”, no âmbito do fórum provincial da mulher no meio rural, que aquele município acolheu, disse ser preocupant­e a situação de várias unidades sanitárias periférica­s em todos os municípios da província, que se encontram encerradas por falta de especialis­tas, o que provoca sobrecarga nos hospitais.

Segundo ela, para minimizar a situação sanitária das famílias que vivem nas referidas zonas, a Direcção Provincial da Saúde realiza mensalment­e consultas comunitári­as, com o apoio de equipas de médicos, onde a população é submetida a exames e consultas de clínica geral, de pré-natal às mulheres grávidas, rastreio do cancro do colo uterino e da mama, desparasit­ação, vacinação e outras.

De acordo com Filomena Wilson, a situação poderá melhorar tão-logo se realize o próximo concurso público, que permitirá o ingresso de mais técnicos, possibilit­ando uma melhor cobertura em todas as unidades sanitárias, que até então se encontram temporaria­mente fechadas.

Para o presente concurso público, disse, a província conta com 340 vagas, entre as quais 30 médicos, 196 técnicos de diagnóstic­o e terapêutic­a, bem como outras ligadas à área administra­tiva e apoio hospitalar. “Está tudo preparado, apenas aguardamos que o ministério nos dê luz verde para a abertura do concurso e vamos trabalhar no sentido de absorver todos os técnicos, que estão à espera de ingressar no Sistema Nacional de Saúde”, frisou.

Saliente-se que a província dispõe actualment­e de 824 técnicos de enfermagem, dos quais 90 médicos, sendo 50 nacionais e 40 expatriado­s, e tantos outros ligados a distintas áreas não menos importante­s do sector da Saúde.

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DANIEL BENJAMIM | EDIÇÕES NOVEMBRO Muitas unidades sanitárias à espera de médicos e enfermeiro­s

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