Primeiro-Ministro rejeita críticas à falta de acção
O Primeiro-Ministro etíope, Abiy Ahmed, rejeitou, ontem, as críticas à falta de acção do Governo para travar os protestos que têm ocorrido no país, salientando que a prioridade do Executivo é “o diálogo”, revelou a Reuters.
As manifestações contra o chefe do Governo, vencedor do Prémio Nobel da Paz de 2019, realizaram-se na capital da Etiópia, Addis Abeba, e em Oromia Reiche (centro do país) na noite de 22 de Outubro. Antes, o activista etíope Jawar Mohammed tinha reunido milhares de apoiantes junto à sua casa, em Addis Abeba, após insinuar que as forças de segurança orquestravam um ataque contra si.
Domingo, o PrimeiroMinistro reagiu aos protestos, já depois de ter recebido críticas àquilo que foi considerado como uma resposta lenta à violência. Numa declaração na televisão, o Primeiro-Ministro defendeu que a sua prioridade é o diálogo. “O Governo etíope tem sido magnânimo em alargar o espaço político e democrático da Etiópia”, afirmou Abiy Ahmed, eleito no ano passado.
“O Executivo optou pelo diálogo e educação, em vez de recorrer à força”, acrescentou. Segundo o PrimeiroMinistro, os protestos violentos ocorridos em meados de Outubro provocaram 86 mortos. Na altura, perante as acusações do activista Jawar Mohammed, de que as forças de segurança orquestravam um ataque contra si, as autoridades rejeitaram a tese de conspiração, mas admitiram que solicitaram a retirada de guarda-costas a várias figuras políticas.