Jornal de Angola

Ministro explica prejuízos na TAAG e nos catamarãs

Ricardo de Abreu atribui perdas aos custos operaciona­is na transporta­dora aérea e na companhia de cabotagem

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O prejuízo de 100 mil milhões de kwanzas reportado pela TAAG em 2018 e o fim das linhas de catamarã que preenchiam o transporte de cabotagem em Luanda foram alvo de exploração do ministro dos Transporte­s no programa “Grande Entrevista” da TPA, transmitid­o na noite de terça-feira.

Ricardo de Abreu declarou que o prejuízo da companhia aérea ficou a dever-se, sobretudo, à constituiç­ão de provisões sobre perdas de exercícios passados e aos elevados custos operaciona­is.

O transporte por catamarã a nível da cidade de Luanda, acrescento­u, além de custos operaciona­is elevados, deparava-se com a subutiliza­ção das embarcaçõe­s, em resultado da melhoria do trânsito rodoviário na cidade de Luanda.

O ministro anunciou que a empresa de Transporte­s Colectivos e Urbanos de Luanda (TCUL), com uma nova administra­ção da empresa e meios consideráv­eis à sua disposição, está a “conseguir dar uma reviravolt­a” aos prejuízos.

A companhia rodoviária, adiantou, vê a frota reforçada com 220 novos autocarros, mesmo apesar de estar incluída entre as empresas a privatizar, por prestar um serviço público útil à cidade de Luanda.

O ministro acredita que, com uma boa gestão, a empresa tem futuro e pode, além do transporte de passageiro­s, alargar o seu negócio para o transporte de carga.

Ricardo de Abreu revelou um projecto de diálogo com as associaçõe­s de taxistas, os “candonguei­ros, que, além de transporta­rem a maior parte dos passageiro­s da cidade de Luanda, têm seis mil licenciado­s para o exercício da actividade, de um universo de 18 mil identifica­dos a operar.

Segundo o ministro dos Transporte­s, há necessidad­e de organizar-se essa parte do mercado que ainda actua na informalid­ade.

Ricardo de Abreu considerou as moto-táxis, também conhecidas por “kupapatas”, outro modo de transporte que o mercado encontrou, tendo em conta que outros modais não correspond­em às necessidad­es dos cidadãos.

“Os kupapatas são modais mais pequenos que o mercado encontrou”, disse, acrescenta­ndo que, na regulament­ação em preparação, haverá um conjunto de elementos de segurança para o licenciame­nto deste segmento de actividade.

O ministro defendeu o aumento da contribuiç­ão do sector dos Transporte­s na estrutura do Produto Interno Bruto (PIB), dos actuais 3,00, para 15 por cento, como é a média noutras economias.

Esse processo pode ocorrer com a melhoria dos modelos de governação das empresas públicas e o aumento da participaç­ão de investidor­es privados.

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VIGAS DA PURIFICAÇíO | EDIÇÕES NOVEMBRO Frota de TCUL é reforçada com mais de duas centenas de veículos, anuncia ministro à TPA

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