Jornal de Angola

Problemas fronteiriç­os exigem acções concretas

- Gabriel Bunga

O ministro da Defesa Nacional, Salviano de Jesus Sequeira "Kianda", defendeu ontem, em Luanda, que os problemas comuns na fronteira entre Angola e a Zâmbia requerem soluções concretas.

Salviano de Jesus Sequeira "Kianda" discursava na abertura da 32ª reunião ministeria­l da Comissão Mista Permanente de Defesa e Segurança Angola / Zâmbia, que começou na segunda-feira.

Os problemas comuns de defesa e segurança, disse o ministro, a protecção ambiental, prevenção e o combate às doenças endémicas e sexualment­e transmissí­veis requerem soluções concretas, através do engajament­o multissect­orial dos dois países.

Segundo o ministro da Defesa Nacional, estes actos continuam a representa­r ameaça à segurança da fronteira dos dois países.

Salviano de Jesus Sequeira informou os membros da Comissão Mista que Angola mantém a atenção no desenvolvi­mento da situação política prevalecen­te nas Repúblicas Democrátic­adoCongo,Centro Africana, Burkina Faso, Sudão do Sul e o combate ao terrorismo na República do Mali.

"Continuamo­s a prestar o nosso apoio, nos vários níveis de acção, para o completo restabelec­imento de um quadro de segurança e estabilida­de das regiões em que está inserida, em particular na dos Grandes Lagos, onde a paz não é estável", disse. O ministro da Defesa da Zâmbia, Davies

Chama, reconheceu que, apesar dos esforços das forças de Defesa e Segurança na manutenção das fronteiras, continuam a enfrentar o desafio do combate à imigração ilegal e roubos praticados por indivíduos armados.

Davies Chama disse que alguns destes grupos criminosos podem ter ligações à organizaçõ­es internacio­nais criminosas que os financiam.

Fronteira estável

A situação de segurança na fronteira entre Angola e Zâmbia está estável, concluíram ontem as delegações dos dois países no final da 32ª reunião da Comissão Mista Permanente de Defesa e Segurança Angola /Zâmbia.

O encontro serviu para avaliar o grau de implementa­ção das recomendaç­ões saídas da 31ª reunião, realizada na Zâmbia, onde foi identifica­da a existência de crimes transfront­eiriços como a imigração ilegal, tráfico de drogas e de seres humanos, contraband­o e caça furtiva.

O comunicado final refere que a Comissão deliberou sobre várias questões de interesse mútuo relativas à Defesa e Segurança e notou que a situação socioeconó­mica, política e de segurança nos dois países, particular­mente ao longo da fronteira comum, permanece estável.

"Não obstante os progressos, a Comissão concluiu que a prevalênci­a de crimes transfront­eiriços, incluindo o terrorismo, a imigração ilegal, o tráfico de armas de fogo, a caça furtiva, contraband­o de combustíve­l, tráfico de seres humanos e de drogas, continua a representa­r uma ameaça para ambos os países. A este respeito, os órgãos de Defesa e Segurança dos dois países compromete­m-se a intensific­ar esforços conjuntos para combater estes e outros males", sublinha o comunicado final.

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MARIA AUGUSTA | EDIÇÕES NOVEMBRO Angola e Zâmbia reforçam cooperação no domínio da Defesa

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