Problemas fronteiriços exigem acções concretas
O ministro da Defesa Nacional, Salviano de Jesus Sequeira "Kianda", defendeu ontem, em Luanda, que os problemas comuns na fronteira entre Angola e a Zâmbia requerem soluções concretas.
Salviano de Jesus Sequeira "Kianda" discursava na abertura da 32ª reunião ministerial da Comissão Mista Permanente de Defesa e Segurança Angola / Zâmbia, que começou na segunda-feira.
Os problemas comuns de defesa e segurança, disse o ministro, a protecção ambiental, prevenção e o combate às doenças endémicas e sexualmente transmissíveis requerem soluções concretas, através do engajamento multissectorial dos dois países.
Segundo o ministro da Defesa Nacional, estes actos continuam a representar ameaça à segurança da fronteira dos dois países.
Salviano de Jesus Sequeira informou os membros da Comissão Mista que Angola mantém a atenção no desenvolvimento da situação política prevalecente nas Repúblicas DemocráticadoCongo,Centro Africana, Burkina Faso, Sudão do Sul e o combate ao terrorismo na República do Mali.
"Continuamos a prestar o nosso apoio, nos vários níveis de acção, para o completo restabelecimento de um quadro de segurança e estabilidade das regiões em que está inserida, em particular na dos Grandes Lagos, onde a paz não é estável", disse. O ministro da Defesa da Zâmbia, Davies
Chama, reconheceu que, apesar dos esforços das forças de Defesa e Segurança na manutenção das fronteiras, continuam a enfrentar o desafio do combate à imigração ilegal e roubos praticados por indivíduos armados.
Davies Chama disse que alguns destes grupos criminosos podem ter ligações à organizações internacionais criminosas que os financiam.
Fronteira estável
A situação de segurança na fronteira entre Angola e Zâmbia está estável, concluíram ontem as delegações dos dois países no final da 32ª reunião da Comissão Mista Permanente de Defesa e Segurança Angola /Zâmbia.
O encontro serviu para avaliar o grau de implementação das recomendações saídas da 31ª reunião, realizada na Zâmbia, onde foi identificada a existência de crimes transfronteiriços como a imigração ilegal, tráfico de drogas e de seres humanos, contrabando e caça furtiva.
O comunicado final refere que a Comissão deliberou sobre várias questões de interesse mútuo relativas à Defesa e Segurança e notou que a situação socioeconómica, política e de segurança nos dois países, particularmente ao longo da fronteira comum, permanece estável.
"Não obstante os progressos, a Comissão concluiu que a prevalência de crimes transfronteiriços, incluindo o terrorismo, a imigração ilegal, o tráfico de armas de fogo, a caça furtiva, contrabando de combustível, tráfico de seres humanos e de drogas, continua a representar uma ameaça para ambos os países. A este respeito, os órgãos de Defesa e Segurança dos dois países comprometem-se a intensificar esforços conjuntos para combater estes e outros males", sublinha o comunicado final.