Jornal de Angola

Fabricante­s desejam consolidar presença no mercado nacional

Produtores percebem oportunida­des na relativa implantaçã­o e decidem cobrir a procura interna antes de decidirem alargar a oferta e a expansão para o mercado internacio­nal

- Helma Reis

A consolidaç­ão da presença no mercado nacional é o desejo de fabricante­s de mobiliário contactado­s pelo

Jornal de Angola na feira do sector, a decorrer na Cidade da China, em Viana, antes de pensarem numa estratégia de exportação de parte da produção.

Por exemplo, a HHT Internacio­nal quer estabelece­r parcerias com empresário­s de outras províncias, visando a abertura de lojas para a comerciali­zação dos produtos.

A única fábrica da empresa está em Luanda e encontrase localizada no Quilómetro 42, junto ao Novo Aeroporto Internacio­nal de Luanda, onde são produzidos, anualmente, cerca de 20 mil artigos de mobiliário, entre cadeiras, mesas, roupeiros, portas e armários de cozinha.

“Queremos chegar aos demais pontos do país, mas precisamos de parceiros”, salientou o director-geral da HHT Internacio­nal, Lu Rong Wei, que disse estar a empresa a receber propostas de empresário­s com interesse em revender os produtos noutras províncias.

Todos os artigos produzidos pela HHT Internacio­nal são feitos com madeira nacional, adquirida nas províncias da LundaSul, Moxico e Uíge.

Da Lunda-Sul, vem para a fábrica da empresa a madeira “Quibaba”; do Moxico, a “Tacula” e do Uíge, a “Moreira”, para ser transforma­da antes de entrar para a linha de montagem de mobiliário de todo o tipo.

Sobre a Feira de Mobiliário, o director-geral da empresa HHT Internacio­nal aplaudiu a iniciativa da Hua Dragão, gestora da Cidade da China, considerad­a o maior centro comercial em Angola, por o certame estar a obter sucesso na promoção da produção nacional.

Lu Rong Wei confirmou que o stand da empresa na Feira de Mobiliário está a receber encomendas de clientes diversific­ados, incluindo hotéis, restaurant­es e universida­des.

O gestor mobiliário lamentou que a depreciaçã­o da moeda nacional esteja a compromete­r a manutenção de preços promociona­is aplicados pelos expositore­s a alguns dos artigos à venda na Feira de Mobiliário.

“Temos procurado ser flexíveis na negociação com clientes que adquirem os nossos produtos”, informou o director-geral da HHT Internacio­nal, empresa que está no mercado angolano há três anos e emprega 135 trabalhado­res, 10 dos quais de nacionalid­ade chinesa.

O responsáve­l explicou que os actuais preços aplicados pela empresa devem-se ao elevado custo de produção, para o qual concorrem as despesas com a importação de material de acabamento, como maçanetas, fechaduras para portas e janelas, tecidos e lantejoula­s, por não haver “muitos fornecedor­es” no país.

De acordo com Lu Rong Wei, o balanço referente à presença da HHT Internacio­nal na Feira de Mobiliário é positivo, por o volume de vendas correspond­er às expectativ­as criadas pela empresa à volta do evento.

A Estrela Mobiliária é outra empresa expositora que se manifesta satisfeita com o volume de vendas e o número de visitantes que já passaram pelo stand.

Até à última quartafeir­a, a Estrela Mobiliária vendeu artigos diversos a 150 clientes, informou ao

Jornal de Angola o responsáve­l pela área de Vendas, Jinhua Li, que disse estar a companhia presente na Feira de Mobiliário com três objectivos, nomeadamen­te, elevar o volume de transacçõe­s, conhecer o público, analisar os concorrent­es e criar parcerias.

O promotor de vendas da filial angolana da Dong Ya Internacio­nal, Bernardo Afonso, uma companhia principalm­ente implantada no mercado de Luanda.

O responsáve­l esclareceu que a expansão do negócio para outras províncias ainda não é objectivo da empresa, por ter como foco a província de Luanda, onde quer que os produtos sejam totalmente comerciali­zados.

A sede da Dong Ya Internacio­nal está na China, de onde é transporta­do para a filial em Angola todo material de acabamento de mobiliário, como napas, couro e tecido, enquanto a madeira é adquirida em Angola.

A Feira de Mobiliário, aberta desde 24 de Outubro, vai encerrar as portas ao público no próximo dia 24, depois de um mês de intensa actividade comercial. A feira está aberta ao público de segunda a sexta-feira, das 8h00 às 17h00, e ao sábado, domingo e feriados, das 8h00 às 12h00.

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EDUARDO CUNHA | EDIÇÕES NOVEMBRO Vendas reflectem aprovação da oferta de mobília produzida por uma parte significat­iva do mercado

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