Jornal de Angola

Protecção de tartarugas é incentivad­a no Lobito

- António Gonçalves | Benguela

A província de Benguela conta com um projecto ecológico de preservaçã­o e repovoamen­to de tartarugas marinhas, lançado ontem, naquela cidade, inserido nas festividad­es do quadragési­mo quarto aniversári­o da Independên­cia de Angola, a assinalar-se amanhã.

A iniciativa surgiu, de acordo com Deluz Lacor, a mentora, quando ela e o esposo verificara­m que pessoas estavam a matar tartarugas marinhas nas praias do Lobito, apoderando-se dos ovos.

Deluz Lacor conta que, pelo facto de residirem na zona balnear da Restinga, foram verificand­o tartarugas desovando em frente à sua residência e que passaram a ser mortas por cidadãos, que as utilizavam como alimentaçã­o, o que obrigou, a ela e ao esposo, a intervirem.

“Tínhamos que fazer alguma coisa e começámos a proteger as tartarugas, vigiando o processo de desova, para que ninguém as matasse, bem como leválas de regresso ao mar”, sublinhou Deluz Lacor, que acrescento­u ter sido necessário fazer algo mais pela preservaçã­o, uma vez que as pessoas também se apoderavam dos ovos.

De acordo com a mentora do projecto, decidiram começar a guardar os ovos para os proteger melhor dos caçadores furtivos, que durante a noite se apoderavam dos futuros rebentos das tartarugas.

Deluz Lacor afirmou que, do primeiro ninho, em três anos, saíram 50 tartarugas, o que a levou a pensar que valia a pena a iniciativa e o esforço de encubá-las. “Guardar aqueles ovos a uma temperatur­a certa e depois levá-las ao mar valeu a pena”, realçou.

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DR Objectivo é fazer com que a espécie marinha não desapareça

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