Presidente cessante responde à CEDEAO
O Presidente cessante da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, e candidato à sucessão no cargo, afirmou, sábado, ao fim da tarde, segundo a Lusa, estarem agora reunidas as condições para iniciar o processo de desenvolvimento do país, após cinco anos em que se concentrou na estabilização e respondeu às acusações que lhe têm sido formuladas pela CEDEAO.
“Agora estão criadas as condições para iniciarmos o desenvolvimento da Guiné-Bissau”, defendeu José Mário Vaz, apontando a agricultura como o motor do desenvolvimento, a partir do campo, onde disse existir mais de 80 por cento da população guineense.
Falando na localidade de Varela, num comício popular, no âmbito da campanha eleitoral, tendo em vista as presidenciais do dia 24, José Mário Vaz disse ter-se dedicado, no seu primeiro mandato, ao trabalho de devolver aos guineenses a paz, a tranquilidade e as liberdades de manifestação, de opinião e de expressão.
O candidato disse estar “em guerra, com certos guineenses da cidade”, que não gostam do facto de ter elegido a população camponesa como a prioridade da sua estratégia de desenvolvimento.
Na sexta-feira, num comício em Farim, no Norte da Guiné-Bissau, antes mesmo de conhecer os resultados da cimeira extraordinária de líderes da Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO), na qual se discutiu a crise política no país, José Mário Vaz acusara “alguns dirigentes guineenses, de intrigarem os filhos da Guiné perante a CEDEAO”.
Sem se referir a nomes, afirmou que “um filho de Farim” (neste caso Domingos Simões Pereira) teria sugerido à CEDEAO que aplicasse sanções “a outros filhos da Guiné”, inclusive o próprio José Mário Vaz.
Disse que as sanções não vão calar a dignidade dos guineenses, ainda mais quando se sabe que tudo não passa de intriga e avisou que o castigo devido estava perto de cair sobre a cabeça daqueles que hoje estão a pedir que alguns filhos da Guiné-Bissau sejam alvo das sanções.