Dia da Independência de Angola em debate hoje no Brasil
Uma “roda de conversa” sobre a Independência de Angola realiza-se, hoje, às 19h30 (23h30 em Angola), no edifício Martinelli, no centro de São Paulo, Brasil, alusiva aos 44 anos da Dipanda, inseridos na programação do intercâmbio cultural entre grupos angolanos e brasileiros.
Promovido no âmbito da cooperação entre a Associação angolana Globo Dikulu e o projecto brasileiro Raízes, a ideia é procurar partilhar experiências no domínio socio-cultural e político do país. No encontro, vão ser abordados temas sobre os acontecimentos militares e políticos que ocorreram no país, assim como o contributo da música para o alcance da Independência Nacional.
De acordo com Isidro Sanene, mentor do projecto cultural Raízes, foi preparado “um vasto programa de actividades envolvendo várias manifestações artísticas e culturais para saudar o 11 de Novembro”.
Um seminário sobre dança tradicional africana denominado “Onjango” realizou-se, na tarde de ontem, na Casa de Cultura Chico Science, com a participação do grupo Bisma das Acácias, de Benguela.
Também, ontem, foi promovido um encontro, no centro cultural Santo Amaro, com a participação de jovens intelectuais africanos de Moçambique, Nigéria e Angola, no qual se abordou o contributo das artes e dos criadores no desenvolvimento das nações.
Feira Afro
A Feira Afro encerrada, na sexta-feira, no edifício Martinelli, em São Paulo, iniciativa do Sindicato dos Bancários do Brasil, despertou interesse pela produção literária angolana, num evento em que o destaque nacional foi o livro “Vozes na Sanzala”, de Uanhenga Xitu.
A feira, que teve como objectivo estimular a atenção pelos livros angolanos, afrodescendentes e brasileiros, ajudou a despertar nos leitores a necessidade de uma maior valorização e promoção das obras e dos autores africanos, mostrando a diversidade de textos dos afrodescendentes e das suas culturas. Para os organizadores, os objectivos foram cumpridos, por durante os três dias da feira, terem sido discutidos o actual estado da “cultura negra” e o futuro no contexto actual. Para os organizadores, os debates foram essenciais por ajudarem a fortalecer o país na defesa do exercício democrático e de inclusão social.