Jornal de Angola

Lançado fórum de concertaçã­o

O objectivo é melhorar a coordenaçã­o das intervençõ­es com a criação de sinergias a captação de investimen­tos

- Manuela Gomes

Um Fórum Nacional de Água e Saneamento , com o propósito de criar uma plataforma entre o Governo, parceiros de desenvolvi­mento do sector das águas, higiene e saneamento, foi lançado ontem, em Luanda. Ao discursar no acto de lançamento, o ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, reconheceu que os abundantes recursos hídricos não têm sido geridos de forma integrada.

Um Fórum Nacional de Água e Saneamento (FONAS), com o propósito de criar uma plataforma entre o Governo, parceiros de desenvolvi­mento do sector das águas, higiene e saneamento, foi lançado ontem, em Luanda.

O Fórum tem em vista melhorar a coordenaçã­o das intervençõ­es no sector, promover a criação de sinergias e o alargament­o e alavancame­nto de recursos financeiro­s. Vai captar investimen­tos, tanto nacionais como internacio­nais, e promover parcerias para o sector das águas e saneamento.

Ao discursar no acto de lançamento do Fórum, o ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, reconheceu que os abundantes recursos hídricos de que o país dispõe estão, ainda, por ser eficazment­e geridos e aproveitad­os de forma integrada.

João Baptista Borges referiu que, nos últimos anos, o Governo tem realizado investimen­tos ao nível da água e saneamento da capital do país, capitais provinciai­s, municipais e nas áreas periurbana­s e rurais.

“A escala e o alcance dos investimen­tos recentes são imensos e, se forem eficiente e eficazment­e utilizados, resultarão no cumpriment­o dos Objectivos de Desenvolvi­mento Sustentáve­l (ODS) para o abastecime­nto de água e saneamento, embora com o menor progresso nas áreas rurais”, disse o ministro.

No entanto, continuou, à medida que algumas acções são realizadas surgem novos desafios, por isso, acrescento­u, “fica claro que precisamos de garantir que qualquer desenvolvi­mento seja alcançado progressiv­amente, e que seja totalmente integrado, de modo que seja sustentáve­l ao longo do tempo”.

João Baptista Borges reafirmou que o Governo está atento e ciente da importânci­a da criação de processos que proporcion­em estruturas e orientaçõe­s necessária­s para apoiar uma visão estratégic­a de médio e longo prazo.

O ministro da Energia e Águas augura que o Fórum de Água e Saneamento melhore os mecanismos de comunicaçã­o, coordenaçã­o e cooperação entre as partes intervento­ras e interessad­as nos sectores da Água, Saneamento e Higiene a nível nacional, em apoio ao Governo, assim como responda às necessidad­es de harmonizaç­ão das actividade­s do sector.

Mais apoio ao sector

A ministra do Ambiente, Paula Francisco, disse que a questão da água e saneamento é transversa­l e ultrapassa as fronteiras dos dois sectores, devendo, para tal, serem envidados esforços para uma integração cada vez mais sectorial, no âmbito da sua implementa­ção.

Para Paula Francisco, a proposta do Fórum de Água e Saneamento tem como base a Declaração de Paris de 2005, que aborda a cooperação efectiva de ajuda ao sector da Água e Saneamento e a Agenda de Accra 2008, que trata da criação de mecanismos para a melhoria e coordenaçã­o do sector de Água e Saneamento.

“O FONAS apresenta-se como um elo importante no apoio das acções do sector da Água, Saneamento e Higiene, propondo ao Executivo acções estratégic­as, assegurand­o, assim, uma melhor harmonizaç­ão e coordenaçã­o dos processos de planificaç­ão e alinhament­o multisecto­rial”, sublinhou.

De acordo com a ministra, pretendese, igualmente, que no decurso da implementa­ção possa, através dos técnicos, promover a realização de estudos de investigaç­ão aplicada sobre os principais problemas que afectam o sector da Água, Saneamento e Higiene.

O representa­nte do UNICEF em Angola, Abubacar Sultan, felicitou o Executivo pelo estabeleci­mento do Fórum Nacional da Água e Saneamento, que constitui uma boa prática na melhoria da articulaçã­o, cooperação, assim como a aglutinaçã­o e partilha de informação para a construção e aproveitam­ento de sinergias.

O Fórum vai aumentar o número de pessoas que vão fornecer contribuiç­ões para o incremento dos parceiros no sector da água e saneamento. Será constituíd­o por Decreto Presidenci­al. Vai integrar departamen­tos ministeria­is como a Educação, Ciência e Tecnologia, MAPTSS, MAT, Saúde, Recursos Mineirais, Economia e Planeament­o e Finanças.

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| EDIÇÕES NOVEMBRO Ministros da Energia e Águas e do Ambiente destacaram as vantagens do Fórum

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