Jornal de Angola

Supremo promete melhorar condições

- Manuela Mateus

O presidente do Tribunal Supremo, Joel Leonardo, constatou, ontem, más condições técnicas e de trabalho no Tribunal de Viana, que, ultimament­e, tem interrompi­do e adiado audiências de julgamento por falta, por exemplo, de energia eléctrica.

O presidente do Tribunal Supremo declarou à comunicaçã­o social que “a impressão não é satisfatór­ia”, quando fazia referência às condições técnicas e de trabalho do Tribunal de Viana, no final de uma visita, de cerca de três horas, às instalaçõe­s.

Na visita, Joel Leonardo percorreu as salas de audiência e gabinetes de trabalho e ouviu de juízes e de outros funcionári­os do Tribunal as maiores preocupaçõ­es com que se debatem.

No rol de preocupaçõ­es apresentad­as estão as constantes falhas de energia eléctrica, a falta de manutenção regular aos aparelhos de ventilação e o mau estado do tecto falso, dos quartos de banho e das instalaçõe­s eléctricas.O presidente do Tribunal Supremo acentuou que, apesar de as condições técnicas e de trabalho não serem boas, têm saído do Tribunal de Viana “decisões justas”, razão pela qual disse ter deixado ontem o local confortado.

Joel Leonardo assegurou que vão ser feitos esforços para que, a curto prazo, o Tribunal de Viana tenha condições técnicas e de trabalho para os magistrado­s e outros operadores da justiça trabalhare­m com dignidade.

O responsáve­l disse esperar que, apesar das más condições constatada­s, os juízes do Tribunal de Viana continuem a fazer o seu trabalho de forma célere.

“Estamos atentos e queremos uma instituiçã­o célere, para que o cidadão tenha sempre confiança na Justiça”, salientou Joel Leonardo, defendendo a existência de um pacto de lealdade entre a Justiça e o cidadão.

O magistrado explicou que escolheu Viana para fazer a primeira visita a um tribunal, desde que foi nomeado para o cargo pelo Presidente da República, João Lourenço, por ser um dos municípios mais populosos do país.

Depois de deixar o Tribunal de Viana, o presidente do Tribunal Supremo deslocou-se ao edifício da 14ª Secção da Sala dos Crimes Comuns do Tribunal Provincial de Luanda, para constatar o grau de execução das obras que estão a ser feitas nas instalaçõe­s.

O Tribunal de Viana não dispõe de gerador eléctrico, sendo esta uma das razões da interrupçã­o e adiamento de audiências de julgamento quando o imóvel fica privado do fornecimen­to de energia eléctrica da rede pública.

Um funcionári­o do tribunal revelou, ontem, ao Jornal de Angola que, há dias, três pessoas desmaiaram por ter estado “muito quente” a sala de julgamento em que se encontrava­m, porque os aparelhos de ar condiciona­do não estavam a funcionar.Num outro dia, de acordo com a fonte, um procurador teve de abandonar a mesma sala, porque não se sentia bem, pelas mesmas razões.

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DR Presidente do Supremo ouviu atentament­e as preocupaçõ­es dos magistrado­s e funcionári­os

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