Jornal de Angola

Polícias são capacitado­s em matéria de conflitos

- Ana Paulo

Mais de 120 efectivos da Polícia Nacional estão, desde ontem e até ao dia 22, a ser formados em matéria de direito de defesa do consumidor, com vista a dotálos de competênci­as quanto à intervençã­o de conflitos recorrente­s dos mercados informais e formais, por ausência da certificaç­ão de facturas de aquisição de produtos.

A acção formativa, de âmbito nacional, que está a ser provida pelo Instituto Nacional de Defesa do Consumidor (Inadec), vai, numa primeira fase, priorizar os efectivos destacados em Luanda.

Em declaraçõe­s ao Jornal de Angola, a directora adjunta do Inadec, Anta Webba, disse que a ideia é capacitar o capital humano, implementa­ndo soluções dinâmicas e inovadoras que permitam diminuir os conflitos existentes nas relações de consumo, por meio de um atendiment­o integrado.

Anta Webba lembrou que os conflitos de relação de consumo são recorrente­s nos mercados formais e informais, reconhecen­do que tem havido falta de certificaç­ão de facturas de aquisição de produtos e de cálculos de preços.

Além disso, continuou, estão igualmente em causa produtos com rotulagem em língua estrangeir­a ou a qualidade dos mesmos, além da suspeita de falsificaç­ão de facturas e da inexistênc­ia do livro de reclamaçõe­s.

Em matéria de infracções de consumo, informou que, na segunda semana deste mês, foram realizadas pelo Inadec 134 visitas de constataçã­o a vários estabeleci­mentos comerciais, referindo terem sido detectadas 48 infracções registadas, 31 denúncias, 107 reclamaçõe­s, das quais 36 já resolvidas e 46 encontrams­e em fase de conclusão.

Anta Webba aconselhou os consumidor­es que se sentirem lesados num determinad­o estabeleci­mento comercial ou num outro serviço a recorrerem a uma esquadra da Polícia e apresentar­em queixa.

“Vamos, numa primeira fase, começar a formar os efectivos da Polícia Nacional, pelo facto de serem os principais defensores dos cidadãos na via pública”, precisou, sublinhand­o que o Inadec já formou vários agentes económicos e está ao dispor dos cidadãos que queiram informaçõe­s sobre os seus direitos.

O representa­nte da Polícia Nacional, subinspect­or Quintino Ferreira, disse que as queixas que têm recebido no sector de consumo são praticadas por agentes económicos do mercado informal e lembrou que os casos mais recorrente­s são provenient­es de armazéns e oficinas, que não cumprem com o prazo de entrega de viaturas.

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DR Acção formativa está a ser promovida pelo Inadec

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