PAIGC diz que a crise está a ser ultrapassada
O candidato do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) às presidenciais guineenses, Domingos Simões Pereira, disse, domingo, à noite, que a mais recente crise no país “está ultrapassada” porque é uma “situação inaceitável”, segundo a Lusa.
“Está ultrapassado porque é uma situação inaceitável.
Ninguém irá permitir isso. Podem continuar a orquestrar porque quem não tem um projecto, porque quem não acredita em democracia como um momento em que o povo decide, vai estar sempre a orquestrar”, afirmou Domingos Simões Pereira, no final de um comício no campo de Lala Quema, em Bissau. A Guiné-Bissau iniciou a campanha para as eleições presidenciais num momento de especial tensão política, depois de o Presidente ter demitido o Governo de Aristides Gomes, saído das legislativas de 10 de Março, e nomeado um outro liderado por Faustino Imbali. Grande parte da comunidade internacional opôs-se a estas decisões e a CEDEAO exigiu a demissão de Imbali, sob pena de impor “pesadas sanções” aos responsáveis pela instabilidade política.
Imbali acabou por se demitir, pouco antes de serem conhecidas as decisões dos Chefes de Estado da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), que decidiram reforçar a presença da força de interposição Ecomib no país e advertir o Presidente guineense, José Mário Vaz, de que qualquer tentativa de usar as forças armadas para impor um acto ilegal será “considerada um golpe de Estado.”
Questionado sobre o facto de vários candidatos estarem a planear unir-se contra ele, Simões Pereira disse que isso não o preocupa e que essas alianças são “perfeitamente normais em democracia.”