Jornal de Angola

Chuva mata e desaloja famílias em Cabinda

O Comando Provincial da Protecção Civil e Bombeiros continua a fazer o levantamen­to dos prejuízos de sexta-feira

- Alberto Coelho | Cabinda

A forte chuva que se abateu na tarde de sexta-feira sobre a cidade de Cabinda provocou a morte de um cidadão nacional, de nome Lourenço Mabonzo, 54 anos, funcionári­o do Governo da Província de Cabinda.

Lourenço Mabonzo, que conduzia uma viatura de marca Toyota Hilux, ignorou o sinal de alerta de perigo dado pelas pessoas no local e arriscou-se a atravessar uma correnteza das águas que escorriam das encostas do morro, tendo sido arrastado a mais de 300 metros e projectado para dentro de uma vala de drenagem, no bairro Lombo-Lombo.

Efectivos do corpo de Bombeiros do Comando Provincial foram mobilizado­s para o local, procedendo ao resgate da vítima com vida, mas em estado bastante crítico, vindo a falecer momentos depois, no Hospital Provincial de Cabinda.

Ainda não foram contabiliz­ados os prejuízos causados pela chuva de sexta-feira. O primeiro levantamen­to feito pela comissão multisecto­rial, composta por técnicos do Comando Provincial de Protecção Civil e Bombeiros, Administra­ção Municipal de Cabinda, do Ambiente e Acção Social, indica a inundação de 13 casas e cinco outras parcialmen­te destruídas, deixando ao relento várias famílias, sobretudo nos bairros 1º de Maio, Chiweca, Lombo-Lombo e 4 de Fevereiro.

O comandante provincial de Protecção Civil e Bombeiros disse, em entrevista ao Jornal de Angola, que as últimas chuvas têm causado danos consideráv­eis à cidade e bairros periférico­s e complicado a vida das populações.

De acordo com o subcomissá­rio bombeiro Henrique

Braz Capita, a chuva registada no passado dia sete afectou 23 residência­s e desalojou 115 pessoas, enquanto a do dia 11 danificou 28 casas e afectou 140 cidadãos.

Referiu que a chuva, além da destruição de casas, provoca o surgimento de ravinas, que dificultam a livre circulação de pessoas e bens.

A escassez de esgotos e valas de drenagem provoca acumulação de areia, lama e lixo, quer na cidade quer nos bairros periférico­s, situados nas zonas baixas e os mais afectados são o 1º de Maio, Lombo-Lombo, Chiweca, 4 de Fevereiro, Comandante Gika e Vitória é Certa.

Para debelar a situação, disse, torna-se necessário efectuar um trabalho de desassorea­mento do rio Lucola, a limpeza das valas de drenagem para permitir a evacuação das águas pluviais e a destruição das casas construída­s nas valas de passagem das águas.

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VIGAS DA PURIFICAÇíO| EDIÇÕES NOVEMBRO Falta de esgotos e de valas de drenagem fez com que certas zonas ficassem intransitá­veis

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