“Morrem pessoas todos os dias”
estão a morrer todos os dias por falta de saneamento e devido a condições perigosas de trabalho. Não podemos permitir que isso continue”, afirma Tim Wainwright, CEO da WaterAid.
As condições de trabalho inseguras são também comuns a trabalhadores que fazem limpeza manual de fossas sépticas e latrinas, bem como os que operam em empresas que prestam manutenção a esgotos, estações de bombeamento e trabalhos de tratamento de águas residuais, onde a formação dos trabalhadores é, por norma, insuficiente ou inexistente.
Perante estas conclusões, os autores do relatório apresentam quatro grandes recomendações. Em primeiro, apontam a necessidade de reforma de políticas, de legislação e de regulamentos para profissionalizar a força de trabalho no sector. Outra medida passa pelo desenvolvimento e adopção de directrizes operacionais para avaliar e mitigar os riscos ocupacionais de todos os tipos de trabalho ligados ao saneamento.
Defender os trabalhadores e promover o seu empoderamento, para protecção dos seus direitos e documentar os desafios que enfrentam são as outras recomendações. Também é pedido aos governos que ratifiquem e implementem as convenções de Segurança e Ocupação da OIT relacionadas com trabalhadores do saneamento.
“Todas as pessoas vão à casa de banho e todo o mundo corre o risco de doenças mortais transmitidas pela água, se o lixo não for tratado adequadamente. Os trabalhadores de saneamento, portanto, desempenham alguns dos papéis mais importantes em qualquer sociedade”, disse Tim Wainwright, CEO da WaterAid.
Este dirigente da ONG conclui que “é chocante, portanto, que os trabalhadores de saneamento sejam forçados a trabalhar em condições que põem em risco a sua saúde e a sua vida. Têm de lidar com o estigma e a marginalização, em vez de dispor de equipamentos adequados e de reconhecimento pelo trabalho que salva vidas”.