Jornal de Angola

Japão disponibil­iza USD 25 milhões

- César André

O Governo japonês vai disponibil­izar, a partir do próximo ano, 25 milhões de dólares para apoiar o processo de desminagem em Angola até 2025, ano estimado pelo Executivo angolano como meta para acabar com os engenhos explosivos.

A garantia foi dada terçafeira, em Luanda, pelo embaixador daquele país em Angola, Hironori Sawada, no final de um encontro de cortesia com a ministra da Acção Social, Família e Promoção da Mulher, Faustina Alves.

Hironori Sawada disse ainda que parte do montante a ser disponibil­izado no próximo ano será aplicado na manutenção de máquinas e na formação de quadros que operam no sector da desminagem.

De acordo ainda com o diplomata, o Japão já financiou mais de 13 milhões de dólares em 20 projectos de desminagem em várias províncias do país. O Governo japonês, disse, está a avaliar e a estudar formas de outros financiame­ntos para projectos na área de desminagem, para que o país avance na implementa­ção de projectos agrícolas e não só.

Hironori Sawada referiu, por outro lado, que os projectos de desminagem em curso, financiado­s pelo Japão, estão a ser desenvolvi­dos nas províncias do Moxico, Cuando Cubango e Malanje. O diplomata nipónico garantiu que o processo de desminagem em Angola pode continuar a contar com o apoio do Japão. “Pretendemo­s, com o reforço dessa cooperação, ver o país livre de minas no mais curto espaço de tempo”, salientou o embaixador.

Ainda na terça-feira, a ministra da Acção Social, Família e Promoção da Mulher conferiu posse ao novo director geral do Instituto Nacional de Desminagem (INAD), brigadeiro Ramos Miguel.

Faustina Alves disse que o grande desafio do INAD recai para o reforço das campanhas de sensibiliz­ação e educação sobre o perigo de minas, desencoraj­ar as queimadas, sobretudo em zonas ainda não certificad­as. Para o INAD, de acordo ainda com a ministra, as responsabi­lidades são acrescidas, porquanto tem a incumbênci­a de efectuar estudos e elaborar projectos sobre as actividade­s de desminagem e educação, sobre o risco de minas e outros engenhos explosivos não detonados.

Faustina Alves apelou as comunidade­s e não só para não retirarem os sinais de perigo em zonas com minas e não certificad­as. “O apelo é extensivo à sociedade civil, fazedores de arte, desportist­as e professore­s, para se juntarem a esta causa nobre que visa prevenir riscos de vida, proteger os que se encontram em situação de vulnerabil­idade e continuar a promover a segurança”, sublinhou.

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WEZA PASCOAL | EDIÇÕES NOVEMBRO Desminagem continua a contar com o apoio do país asiático

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