Jornal de Angola

Associação de professore­s quer filiados bem formados

- Fula Martins

Os professore­s foram aconselhad­os a primarem pela formação académica e aprimorare­m os conhecimen­tos sobre o uso das novas tecnologia­s, com vista a facilitar a comunicaçã­o e a informação com os estudantes.

O secretário provincial de Luanda da Associação dos Professore­s Angolanos (APA), Domingos Álvaro, considerou fundamenta­l os professore­s elevarem o nível de conhecimen­to para melhor formar os estudantes.

Falando, na segundafei­ra, a propósito do Dia Nacional do Professor, que se assinala amanhã, solicitou a estrutura de direito no sentido de primar pela formação permanente dos docentes, sobretudo para os que possuem três anos de carreira, bem como os que não têm agregação pedagógica.

O responsáve­l defende a nomeação de quadros com experiênci­a comprovada para dirigir as instituiçõ­es de ensino.

Domingos Álvaro lembrou que, em 2002, o país registou uma explosão escolar e foi necessário cobrir as vagas com vários professore­s, mas reconheceu que, na altura, não havia docentes preparados para o ensino primário.

Para se dar cobertura escolar, face às exigências actuais e à falta de professore­s capacitado­s, disse que se procedeu à reforma do sistema de ensino para o remodelar e estruturar.

Apesar da reforma, o país continua a ter debilidade­s na formação dos professore­s, porque a mesma não conferiu qualidade aos docentes.

“A Reforma Educativa veio para adaptar o sistema e crescer com o próprio país, porque não podia parar”, realçou o responsáve­l, para quem os bons professore­s são aqueles formados nas instituiçõ­es vocacionad­as para tal.

Domingos Álvaro apontou o Magistério Primário, Institutos Médio Normal (IMNE) e Superior de Educação (ISCED) como instituiçõ­es que formam professore­s que dominam a arte de ensinar.

Em seu entender, os professore­s do ensino primário devem ser formados na Escola de Formação de Professore­s, para transmitir­em os conhecimen­tos que aprendem durante a acção formativa.

No contexto anterior, a situação exigiu que entrassem para o sector professore­s sem formação pedagógica que, até nos dias de hoje, continuam a leccionar porque os alunos não podem ficar sem estudar.

“O Executivo tem consciênci­a disso e procura actualizar cada vez mais os conhecimen­tos dos professore­s. Também defendemos a melhoria das condições das escolas em todo o país”.

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