Angola e China reforçam relações de cooperação
O secretário de Estado para a Cooperação Internacional e Comunidades Angolanas, Domingos Custódio Vieira Lopes, e o vice-ministro do Comércio da China, Qian Keming, assinaram, ontem, em Luanda, um processo verbal, instrumento jurídico que estabelece as linhas orientadoras para o incremento da cooperação nos domínios económico, técnico e comercial.
A assinatura foi antecedida de conversações entre as delegações angolana e chinesa no Ministério das Relações Exteriores, durante as quais se passaram em revista as principais áreas de cooperação entre os dois países no domínio do comércio.
Na abertura das conversações, o secretário de Estado para a Cooperação Internacional e Comunidades Angolanas disse que as relações entre Angola e a China consubstanciam-se no estreitamento dos laços de cooperação e de amizade, desde 1983.
Domingos Custódio Vieira Lopes sublinhou que as relações entre os dois países evoluíram para a parceria estratégica que permitiu financiar a execução, por empresas chinesas, de projectos do programa de reconstrução nacional. “Hoje, a disponibilidade para o reforço desta cooperação é cada vez mais patente nos diversos acordos que temos vindo a assinar e neste acto que aqui realizamos”, disse.
O secretário de Estado para a Cooperação Internacional
e Comunidades Angolanas disse que é necessário reforçar as sinergias das estratégias de desenvolvimento.
O reforço das sinergias, referiu, ganha dimensão maior com a interligação doPlanoNacionaldeDesenvolvimento (PND) 20182022 e as “Oito Acções” da Iniciativa Chinesa “Uma Faixa e Uma Rota”.
Domingos Custódio Vieira Lopes frisou que Angola continua engajada na concepção de políticas que permitam a implementação de estratégias de aproveitamento das “Oito Acções”.
“É nosso entendimento que a Comissão Orientadora da cooperação económica e comercial deve reunir-se para, entre outros assuntos definir áreas, projectos prioritários, bem como coordenar, dissipar problemas e dificuldades decorrentes dessa cooperação”, disse, sublinhando que a China tem-se assumido como parceiro seguro nas relações com Angola.
O vice-ministro do Comércio da China, Qian Keming,lembrouqueAngola é o segundo maior destino dos produtos chineses em África e que “há, cada vez mais, interesse das empresas chinesas em querer investir na agricultura”.
Acrescentou que a Fábrica de Cimento da empresa CITIC já funciona em Angola. “A cooperação trouxe benefícios reais às duas partes”, disse. “É necessário resolver as questões e dificuldades que possam existir na relação de cooperação entre Angola e a China”, acrescentou.
Qian Keming sublinhou que, no ano passado, os Presidentes de Angola e da China, Xi Jinping e João Lourenço, eram passos importantes no sentido de os dois países celebrarem um acordo de protecção recíproca de investimentos. “A parte chinesa está disposta a acelerar o processo para dar protecção legal aos investimentos chineses”, referiu.