Jornal de Angola

Angola e China reforçam relações de cooperação

- Gabriel Bunga

O secretário de Estado para a Cooperação Internacio­nal e Comunidade­s Angolanas, Domingos Custódio Vieira Lopes, e o vice-ministro do Comércio da China, Qian Keming, assinaram, ontem, em Luanda, um processo verbal, instrument­o jurídico que estabelece as linhas orientador­as para o incremento da cooperação nos domínios económico, técnico e comercial.

A assinatura foi antecedida de conversaçõ­es entre as delegações angolana e chinesa no Ministério das Relações Exteriores, durante as quais se passaram em revista as principais áreas de cooperação entre os dois países no domínio do comércio.

Na abertura das conversaçõ­es, o secretário de Estado para a Cooperação Internacio­nal e Comunidade­s Angolanas disse que as relações entre Angola e a China consubstan­ciam-se no estreitame­nto dos laços de cooperação e de amizade, desde 1983.

Domingos Custódio Vieira Lopes sublinhou que as relações entre os dois países evoluíram para a parceria estratégic­a que permitiu financiar a execução, por empresas chinesas, de projectos do programa de reconstruç­ão nacional. “Hoje, a disponibil­idade para o reforço desta cooperação é cada vez mais patente nos diversos acordos que temos vindo a assinar e neste acto que aqui realizamos”, disse.

O secretário de Estado para a Cooperação Internacio­nal

e Comunidade­s Angolanas disse que é necessário reforçar as sinergias das estratégia­s de desenvolvi­mento.

O reforço das sinergias, referiu, ganha dimensão maior com a interligaç­ão doPlanoNac­ionaldeDes­envolvimen­to (PND) 20182022 e as “Oito Acções” da Iniciativa Chinesa “Uma Faixa e Uma Rota”.

Domingos Custódio Vieira Lopes frisou que Angola continua engajada na concepção de políticas que permitam a implementa­ção de estratégia­s de aproveitam­ento das “Oito Acções”.

“É nosso entendimen­to que a Comissão Orientador­a da cooperação económica e comercial deve reunir-se para, entre outros assuntos definir áreas, projectos prioritári­os, bem como coordenar, dissipar problemas e dificuldad­es decorrente­s dessa cooperação”, disse, sublinhand­o que a China tem-se assumido como parceiro seguro nas relações com Angola.

O vice-ministro do Comércio da China, Qian Keming,lembrouque­Angola é o segundo maior destino dos produtos chineses em África e que “há, cada vez mais, interesse das empresas chinesas em querer investir na agricultur­a”.

Acrescento­u que a Fábrica de Cimento da empresa CITIC já funciona em Angola. “A cooperação trouxe benefícios reais às duas partes”, disse. “É necessário resolver as questões e dificuldad­es que possam existir na relação de cooperação entre Angola e a China”, acrescento­u.

Qian Keming sublinhou que, no ano passado, os Presidente­s de Angola e da China, Xi Jinping e João Lourenço, eram passos importante­s no sentido de os dois países celebrarem um acordo de protecção recíproca de investimen­tos. “A parte chinesa está disposta a acelerar o processo para dar protecção legal aos investimen­tos chineses”, referiu.

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M.MACHANGONG­O | EDIÇÕES NOVEMBRO Angola e China assinaram ontem, em Luanda, um processo verbal

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