Jornal de Angola

Linhas de água

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Escrevo pela primeira vez para o Jornal de Angola para abordar a “maka” das linhas de água que, em muitas localidade­s, estão obstruídas pelas construçõe­s anárquicas. Acho que para a salvaguard­a da vida, dos bens públicos e privados era bom que as entidades públicas, administra­ções municipais e comunais, com a ajuda das unidades técnicas, removessem os obstáculos nas linhas de água. Mesmo que esses obstáculos forem casas já erguidas e já habitadas, acho que devem ser removidas para se evitarem os problemas que se registam. Na verdade, a obstrução das linhas de água constitui um grande problema não apenas de saneamento, mas igualmente de segurança das comunidade­s. Afinal de contas, muitas casas, ruas e instalaçõe­s públicas inundam por causa do estado em que se encontram as linhas de água residuais. Há áreas no Cazenga e em Viana, cujas linhas de água nem sequer existem, que passam muito mal nas épocas de chuvas de grande dimensão.

Acho que está na hora de uma espécie de um novo ordenament­o do território, nem que para isso seja necessário “partir” centenas de casas.

O Estado que se responsabi­lize depois com o realojamen­to das famílias afectadas. Trata-se de iniciativa­s que vão contribuir para a melhoria da vida de todos. Espero que o conteúdo desta carta sirva para a reflexão e a tomada de decisões por parte das entidades investidas de poder. EDUARDO GOMES Caála

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