Dinheiro para a Comissão da Carteira em negociação
Nuno Albino assegurou que o ministério que dirige vai concretizar os grandes projectos e programas inscritos para 2020
O ministro da Comunicação Social, Nuno Albino “Carnaval”, anunciou, ontem, que o sector está a negociar com o Ministério das Finanças para a atribuição de verbas para o processo de instalação da Comissão da Carteira e Ética dos Jornalistas.
“Estamos a trabalhar com o Ministério das Finanças no sentido do aumento das verbas para a instalação da Comissão da Carteira e Ética. Esta comissão é fundamental para a auto-regulação da Comunicação Social. É importante que se possa acomodar uma verba no OGE para instalação da Comissão de Carteira e Ética”, disse.
Nuno Albino, que respondia às preocupações dos deputados em relação às prioridades da comunicação social, durante a discussão da Proposta de Lei de Orçamento Geral do Estado para o próximo ano, sublinhou que, no período em que se trabalhou na elaboração da proposta de OGE para 2020, ainda não havia sido constituída a Comissão de Carteira e Ética.
O ministro disse que o sector vai priorizar o redimensionamento do plano estratégico de comunicação social, assente no processo de reestruturação e modernização dos órgãos de comunicação social públicos e numa melhor comunicação institucional.
Quanto ao dinheiro atribuído ao sector, garantiu que o Ministério da Comunicação Social vai concretizar os grandes projectos e programas inscritos para 2020. Nuno Albino garantiu que este orçamento vai também priorizar a extensão do sinal da rádio e da televisão públicas.
O ministro falou, também, da motivação e valorização dos jornalistas. “Não podemos ter órgãos modernizados, melhores condições de trabalho, sem motivação e valorização dos jornalistas”, reconheceu.
Quanto às rádios comunitárias, Nuno Albino disse que está prevista a revisão do Pacto Legislativo da Comunicação Social. “A matéria das rádios comunitárias está omissa na actual legislação”, disse o ministro, para quem estas rádios não devem ser financiadas pelo Estado. “Não têm conteúdo editorial. Não podem realizar debates e notícias”, disse.