CARTAS DOS LEITORES
Nepotismo e mediatização
Nos últimos dias, as informações sobre práticas de nepotismo nas instituições do Estado, do alto a baixo, reais ou falsas, têm-se acentuado a um ritmo que leva a questionar se é mesmo verdadeiro e honesto o propalado combate de que se diz. Será que o combate ao nepotismo, ao tráfico de influência, etc, propalado pelos dirigentes do MPLA, sim, do MPLA, porque são eles que se encontram no poder, não é apenas “para o inglês ver”, como se diz na gíria? Não há fumo sem fogo, razão pela qual julgo que todas essas informações têm algum fundo de verdade e, a serem verdades, envergonham-nos a todos porque ouvimos todos os dias que se está a combater uma prática que, afinal, continua a ser praticada entre nós. Nunca se falou tanto de nepotismo como agora, numa altura em que, ironicamente, quanto mais se fala em tais práticas mais informações surgem na imprensa envolvendo pessoas politicamente expostas. Desde filhos, primos, cunhados a amigos, nunca a imprensa angolana deu tanto destaque a casos de nepotismo como sucede agora com muitas figuras públicas, algumas com muito poder de decisão. Defendo que os familiares de individualidades com poder de decisão ou que se encontram à frente de muitas instituições devem trabalhar, mas não sei se precisam de ser directamente empregados pelos familiares, com relação de parentesco na linha directa. Pode até não haver nada legalmente que impeça a um pai dar emprego a um filho ou um tio empregar um sobrinho, mas, existem algumas disposições legais que indirectamente proíbem determinadas práticas que lhe sejam próximas ou conexas, como a da Probidade Pública. Esta última, nos seus vários princípios, da prossecução do interesse público, da probidade e da imparcialidade, entre outros, claramente, reprova toda e qualquer iniciativa de empregar familiares ou afins. Os familiares e pessoas próximas devem ser instadas pelas figuras públicas com as quais tenham relação de parentesco ou de afinidade a competir, como as outras, nos concursos públicos. O princípio da competência, ainda no âmbito da Lei da Probidade Pública, deve ser acatado à risca e não há dúvidas de que os primeiros a dar exemplo devem ser os titulares de cargos públicos. O MPLA, enquanto partido no poder, deve dar exemplo, instando os seus responsáveis militantes de que o país é de todos e que o facto de estarem no poder não os coloca em vantagem em relação aos outros. Desculpem-me se exagerei, nesta modestacarta,masgostariadeterminar com um slogan, bem à maneira dos tempos em que o MPLA era verdadeiramente um partido de massas, “Abaixo o Nepotismo”.
DOMINGOS CAPEMBA Catete
Exercícios físicos
Fazer exercícios físicos é importante para a manutenção do corpo e para a saúde. Escrevo para falar sobre os exercícios, uma prática recomendada pelos médicos, mas nem sempre adoptada por pessoas saudáveis. Regra geral, quando as pessoas se predispõem a fazer exercícios, fazem-no quase sempre como que por obrigação e nunca por iniciativa livre e necessária para a manutenção do corpo e da saúde. Nunca nos antecipamos às situações menos boas, preferimos sempre viver primeiro os problemas e só depois tomar as decisões que se mostram como as mais sensatas.
ALEXANDRE CAMATI Rocha Pinto