Jornal de Angola

Estabilida­de política pode dar nova dinâmica nas relações com Angola

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A ministra dos Negócios Estrangeir­os e Comunidade­s da GuinéBissa­u, Suzi Carla Barbosa, afirmou, ontem, que com a estabilida­de política e governativ­a que se avizinha, estarão criadas as condições para o relançamen­to das relações de cooperação e de amizade entre o seu país e Angola.

Suzi Barbosa, que falava em entrevista concedida em exclusivo aos órgãos de imprensa angolanos que se encontram neste país para fazer a cobertura das eleições presidenci­ais, considerou excelentes as relações de cooperação e de amizade entre os nossos dois países.

“Para além das relações históricas existentes entre os nossos dois países, nós temos tido a sorte de termos boas relações com Angola, enquanto país irmão, africano e da lusofonia”, disse a ministra acrescenta­ndo que até ao momento pode-se descrevê-las “como boas relações”.

Questionad­a se confirmava a notícia segundo a qual um tribunal guineense teria retirado a Angola os direitos sobre os projectos Bauxite Angola e do Porto de Águas Profundas de Buba, a ministra disse não poder confirmar se a informação é verídica ou não.

“Eu não posso confirmar se isso correspond­e à verdade ou não. Infelizmen­te, sei que esses projectos andam parados por vários motivos que têm muito a ver com a situação interna do país”, afirmou a ministra assegurand­o que existe esse projecto como o próprio nome o diz, “Bauxite Angola”, que acredito que num momento de estabilida­de poderá ser recuperado e abordado pelos nossos dois países. Suzi Carla Barbosa desmentiu que as relações entre os dois países estivessem de alguma forma estagnadas.

“As nossas relações nunca estiveram estagnadas como soe dizer-se. Talvez a própria situação em que se encontra o nosso país justifique o actual estado em que as coisas se encontram”, afirmou.

O clima de instabilid­ade e de mudanças constantes de Governos em que a Guiné-Bissau viveu nos últimos cinco anos pode, na opinião da ministra, ter restringid­o a dinâmica habitual que caracteriz­ou as relações de cooperação entre os “nossos dois países”.

“Muitos dos projectos que poderíamos ter desenvolvi­do entre os dois Governos não conseguira­m ir adiante devido à situação interna que a GuinéBissa­u enfrenta e que, penso, “nos próximos tempos teremos dias melhores”. “Penso que no contexto actual teremos todos os condimento­s a nosso favor para dar uma nova dinâmica às relações. Temos condições para uma maior e melhor cooperação”, reafirmou.

Frisou que há cerca de 5 anos, a partir de 2015, que têm estado a tentar organizar, sem êxito, a comissão mista entre os dois países, mas acredita que depois da eleição de um novo Presidente e havendo um Governo legal e estável, “teremos todas as condições para que se realize a comissão mista”.

“Sou de opinião que com o relançamen­to da comissão mista Angola e Guiné-Bissau estaremos em condições de dar uma nova dinâmica às nossas relações de cooperação e, provavelme­nte, recuperar projectos que estiveram até agora de certa forma inactivos”, afirmou.

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DR Chefe da diplomacia guineense
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