Coligação de Riade liberta 200 rebeldes
A coligação liderada pela Arábia Saudita anunciou ontem que vai libertar 200 rebeldes huthis iemenitas, à medida que os esforços se multiplicam para acabar com o conflito no Iémen.
A coligação militar, que intervém desde 2015 na guerra do Iémen em apoio ao poder, decidiu “libertar 200 rebeldes” e também permitir o transporte de pacientes que necessitam de assistência médica, a partir do aeroporto de Sanaa, “em cooperação com a Organização Mundial de Saúde (OMS)”, indicou o seu porta-voz, Turki alMaliki, citado num comunicado divulgado pela agência oficial saudita SPA.
Os rebeldes do Norte do Iémen e apoiados pelo Irão assumiram o controlo da capital Sanaa, em 2014.
Apenas voos da Organização das Nações Unidas (ONU) e das organizações humanitárias estão autorizados a operar a partir do aeroporto da capital, fechado para voos comerciais desde 2016.
O anúncio da coligação militar surge na sequência da diminuição dos ataques realizados pelos rebeldes contra a Arábia Saudita, o que já foi saudado na sextafeira pelo enviado da Organização das Nações Unidas para o Iémen, Martin Griffiths, que considerou que poderá ser um indício de um cessar-fogo geral no país.
Um responsável saudita indicou no início de Novembro que um “canal” estava aberto com os huthis para acabar com a guerra e os rebeldes propuseram, em Setembro, interromper os seus ataques contra o vizinho reino saudita.
Na segunda-feira, oito huthis foram mortos em ataques aéreos da coligação na cidade de Hodeida, no Oeste do Iémen, segundo as autoridades locais.