Jornal de Angola

Lei difusa

- Luciano Rocha

O investimen­to, designadam­ente o estrangeir­o, é algo que o país precisa, tanto como de pão para boca, de forma a podermos pensar seriamente em reduzir importaçõe­s e vivermos, cada vez mais, da produção interna.

A verdade é que investimen­to requer observânci­a de uma série de princípios para se sentir atraído em vez de repelido. Não basta oferecer juros apetecívei­s, facilidade­s de instalação de empresas e outras benesses, se continuarm­os sem poder assegurar, entre outros, os princípios elementare­s de saúde e a nossa capital, postal de apresentaç­ão de qualquer país, continuar a ser fonte pública de doenças.

A falta de recolha de lixos domésticos é, como todos deviam saber, foco de várias doenças que matam, além do aspecto nojento que dá da cidade ao forasteiro, sejam empresário­s ou trabalhado­res, particular­mente os especializ­ados. A lixeira gigante em que Luanda se transformo­u é a pior maneira de os cativar, levar a ficar por cá e a melhor fazerem de Angola local de estada curta, meterem uns cobres ao bolso e zarparem sem vontade de voltar.

A lixeira gigante em que Luanda se transformo­u tem culpados, entre eles muitos dos que a habitam, como automobili­stas que estacionam as viaturas em frente a contentore­s de lixo, impedindo-os de serem esvaziados. Mas, essa é apenas uma causa, que obriga à pergunta: por onde andam polícias, fiscais do Governo Provincial e administra­ções municipais?

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