Vacina que protege do cancro do colo uterino introduzida no Calendário
O Mistério da Saúde prevê introduzir, nos próximos tempos, no Calendário Nacional de Vacinação, a vacina IPV, que protege do cancro do útero, informou ontem, em Luanda, a directora do Programa Alargado de Vacinação (PAV), a médica Alda Pedro.
Falando à imprensa, à margem do 1º Simpósio Internacional sobre Vacinas, promovido pela Universidade Privada de Angola(UPRA), a responsável disse que Angola contará com 13 vacinas para cobrir mais de 16 agentes patogénicos. Alda Pedro explicou que as 13 vacinas, a serem inseridas no Calendário Nacional de Vacinação, vão colocar Angola num nível continental considerado robusto, contribuindo para o bem-estar das populações e da economia.
No que se refere as infraestruturas de apoio à vacinação, a directora do PAV esclareceu que em 2003, o país tinha apenas 430 unidades de vacinação, mas até 2018 houve um aumento considerável de 1.800, tendo sublinhado que a introdução de novas vacinas no Calendário Nacional de Vacinação, assim como a erradicação de agentes patogénicos constitui prioridade do Executivo.
Para a directora do PAV, o esforço que o Executivo tem vindo a fazer em prol da erradicação dos agentes patogénicos, com a introdução de novas vacinas, só terá sucesso caso a população tome consciência sobre a importância das campanhas de vacinação e de rotina.
"Precisamos que a população tome consciência sobre o valor das vacinas, participando nas campanhas de vacinação e nas de rotinas, que são feitas nas mais de 1.800 unidades a nível do território nacional", apelou.
Em relação aos registos de casos de poliomielite, a médica epidemiologista disse que é típico surgir alguns casos, tal como o que ocorreu noutros países do continente, mas garantiu que dentro de seis ou menos meses será totalmente erradicada.
O reitor da Universidade Privada de Angola (UPRA), Carlos Alberto Sousa, disse que a instituição que dirige está consciente da responsabilidade que tem para com a sociedade angolana, quanto à vacinação das crianças e mulheres em período fértil.
A UPRA, frisou o reitor, vai aumentar as iniciativas, reforçar a capacidade de interacção com a sociedade e direccionar os estudantes para as campanhas de vacinação, assim como debates de reflexão à volta da saúde.