PR lamenta morte do malogrado
O Presidente da República,
João Lourenço, endereçou ontem uma mensagem de condolências à família do jornalista reformado da Rádio Nacional de Angola, Abel Abraão, falecido na província do Bié, de morte súbita.
Na sua mensagem, o Chefe de Estado considera prematura a morte do profissional que se notabilizou no período do conflito pós-eleitoral de 1992.
João Lourenço ressaltou a coragem e o profissionalismo de Abel Abraão, sublinhando que o jornalista "enfrentou perigos e dificuldades quase insuperáveis”, e “foi a voz do martirizado povo angolano sitiado na cidade do Cuíto, Bié".
“As suas reportagens diárias, sobre os dramas e vicissitudes vividos na cidade sitiada, eram acompanhadas com emoção por Angola e pelo Mundo, pela forma como conferia verdade humana ao esforço de sobrevivência de todos os seus habitantes”, escreveu.
O Chefe de Estado angolano, João Lourenço, lembrou que, no âmbito das festividades do 44º aniversário da Independência Nacional, Abel Abraão foi alvo de homenagem, ao ver o seu nome atribuído à Mediateca da Província do Bié, inaugurada e aberta ao público a nove de Novembro do corrente ano.
“Expresso nesta ocasião à família enlutada, aos seus amigos e colegas de trabalho os mais profundos sentimentos de pesar, esperando que possam atenuar a sua dor com a memória dos grandiosos feitos do inditoso jornalista”, concluiu o Chefe de Estado.
Bureau político
O Secretariado do Bureau Político do Comité Central, em mensagem tornada pública, afirma que foi “com imenso pesar que recebeu a informação do falecimento físico do jornalista Abel Abraão, funcionário da Rádio Nacional de Angola há mais de 30 anos”.
“O nefasto acontecimento representa a perda de um dos mais talentosos profissionais do jornalismo radiofónico angolano, que se destacou pela difícil missão de manter diariamente o país informado sobre a situação da guerra na cidade do Cuito, aquando do conflito armado, após as eleições gerais de 1992”, lê-se na mensagem.