Jornal de Angola

Falta de meios atrasa títulos de terra

O projecto “Minha Terra” é um conjunto de mecanismos criados pelo Estado angolano, no sentido de tornar mais célere e menos oneroso o processo de legalizaçã­o das parcelas de terra das comunidade­s locais, bem como dos camponeses organizado­s em cooperativ­as

- Lourenço Bule | Menongue

A falta de logística, incluindo viaturas todo-o-terreno, 4X4, está a dificultar a mobilidade da equipa que, na província do Cuando Cubango, deve trabalhar no programa “Minha Terra”, que tem como objectivo a atribuição de direitos fundiários às comunidade­s detentoras de parcelas de terra para a prática da agricultur­a sustentáve­l.

A falta de logística, incluindo viaturas todo o terreno 4X4, está a dificultar a mobilidade da equipa que, no Cuando Cubango, deve trabalhar no programa “Minha Terra”, cujo objectivo é a atribuição de direitos fundiários às comunidade­s detentoras de parcelas de terra para agricultur­a sustentáve­l.

O chefe da secção técnica do Instituto Geográfico e Cadastral de Angola (IGCA) na província, João Joaquim Tándilo, afirmou, ao Jornal de Angola, que, por esta razão, até agora a sua equipa trabalhou apenas com a União Nacional dos Camponeses Angolanos (UNACA), que forneceu um dado aleatório de 255 co-operativas agrícolas existentes no Cuando Cubango.

Para João Joaquim Tándilo, a equipa do IGCA “está de mãos atadas”, não consegue locomover-se para as áreas rurais, por falta de meios para poder visitar as comunidade­s ou cooperativ­as que, em princípio, devem beneficiar com o projecto.

Explicou que, no projecto “Minha Terra”, o Cuando Cubango elegeu Menongue como o município piloto para o arrancado das actividade­s de atribuição de direitos fundiários aos camponeses. Este trabalho deveria ter arrancado no mês passado, mas a falta de viaturas, alimentaçã­o, combustíve­is e de outros suportes técnicos inviabiliz­ou, até à data, o início do processo de mapeamento das terras.

João Joaquim Tándilo disse que, depois de Menongue, a equipa traçou um roteiro para os municípios do Cuchi, Cuito Cuanavale, Cuangar, Calai, Dirico, Mavinga, Nancova e Rivungo, que devem ser cadastrado­s por esta ordem.

Disse que cada beneficiár­io deve receber, no mínimo, 11 hectares e, no máximo, mil, para o cultivo de produtos diversos do campo, com o apoio da banca nacional. A ideia é dar maior impulso à produção de alimentos com fartura. Porém, enquanto não se efectivar a titularida­de das terras, estes créditos não serão possíveis.

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NICOLAU VASCO | EDIÇÕES NOVEMBRO

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