Igreja Universal em Angola rompe com bispo Macedo
Cada agregado familiar deve ter, pelo menos, uma rede mosquiteira tratada com insecticida, para evitar a picada do insecto, que tem ceifado a vida de milhares
OcorpodeBisposePastores daIgrejaUniversaldoReino deDeusemAngolaanunciou, ontem, em comunicado, o rompimento com a liderança brasileira do bispo Edir Macedo, que é acusadadevendademais de metade do património da Igreja no país e evasão de divisas para o estrangeiro.
A malária, doença que tem ceifado a vida de milhares de pessoas, pode ser eliminada do país até 2030, admitiu ontem, em Luanda, o coordenador nacional do Programa de Luta Contra a Malária, José Martins, numa mesa-redonda inserida nas Primeiras Jornadas Multidisciplinares do Hospital Geral de Luanda, que encerram hoje.
José Martins disse que Angola está enquadrada na Região da SADC como país da segunda linha, onde a Organização Mundial da Saúde definiu metas, entre as quais a eliminação da malária até 2030. Acrescentou que, com base nisso, foi estabelecida uma estratégia que tem sido implementada através de várias acções nas fronteiras conjuntas Angola/Namíbia.
O coordenador referiu que, em relação aos casos de registos de óbitos causados pela malária, houve uma redução, pois Angola saiu de 15 mil óbitos, em 2016, para nove mil, em 2018, e lembrou que, desde Janeiro a Junho deste ano, foram registados 4.433 óbitos.
O responsável explicou que as componentes operacionais estão a surtir os seus efeitos, na medida em que estão a ser desenvolvidas várias acções, o que tem permitido a redução de óbitos. Sublinhou que de acordo com a estratificação epidemiológica, nos últimos anos as províncias mais endémicas do país têm sido as localizadas no Norte, concretamente Uíge, Malanje, Cuanza- Norte, Zaire, Lunda-Norte e Lunda- Sul.
Neste sentido, disse que o Ministério da Saúde está a fazer uma abordagem multidisciplinar, envolvendo todos os ministérios, cujas determinantes sociais estão relacionadas com a doença e mortes, para que se esteja no caminho certo para a sua eliminação.
O especialista em malária alertou que todos os casos suspeitos da doença devem ser confirmados com um teste biológico, através de pesquisa do plasmódio ou teste imunocromatográfico.
Para o responsável, cada agregado familiar deve ter, pelo menos, uma rede mosquiteira tratada com insecticida para cada dois habitantes.
Hospital Geral de Luanda
O director do Hospital Geral de Luanda, Carlos Zeca, disse que as jornadas servem como uma porta aberta para troca de experiências, de forma a melhorar a parte científica e de atendimento, bem como reunir condições para a área de hemodiálise, que será inaugurada nos próximos dias.
O também médico chamou atenção de alguns temas em abordagem nas jornadas e destacou o painel da “Saúde Preventiva”. “É muito importante que se dê uma atenção a este assunto, porque deve ser implementado principalmente nas periferias, onde as doenças são mais frequentes, por isso, se prevenirmos vamos gastar menos”.
Carlos Zeca disse que a área de pediatria do hospital recebe 350 crianças por dia, sendo o pico na época de chuva.
O responsável considerou o Hospital Geral de Luanda uma unidade de assistência de nível secundário, que pertence à rede sanitária especializada, polivalente da capital do país, do Serviço Nacional de Saúde.
O hospital presta serviços de promoção, prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação com pessoal médico, enfermagem, diagnóstico terapêutica e administrativo.
Nas Primeiras Jornadas Técnicos Científicas esteve em debate o tema sobre “Assistência Multidisciplinar e os Desafios para Garantir os Cuidados Integrados ao Doente”. O encontro conta com especialistas angolanos e estrangeiros.