Transformação digital ocorre a médio prazo
Operadores esperam legislação e investimentos públicos em infra-estruturas para impulsionar o processo em Angola
A transformação digital na banca e a expansão do comércio electrónico podem concretizar-se a médio e longo prazo em Angola, caso o sector público e privado criem as condições legislativas e realizem mais investimentos em infra-estruturas de comunicação.
A ideia foi avançada, na quarta-feira, em Luanda, à imprensa, pelo engenheiro Meick Afonso, director-geral do Instituto de Fomento da Sociedade de Informação (INFOSI), órgão tutelado pelo Ministério das Telecomunicações e Tecnologias de Informação, durante um fórum sobre “A transformação digital na banca e o comércio electrónico em Angola”.
Com a digitalização bancária e expansão do comércio electrónico, estima Meick Afonso, o país obtém benefícios como a garantia de maior mobilidade nos pagamentos, mais opções para as transacções monetárias, acesso a informações sobre produtos e serviços, bem como a redução de custos operacionais bancários e maior controlo da moeda.
Para isso, acrescentou, é necessário que haja legislação que corresponda às imposições dos processos de transformação digital, assim como investimentos em infra-estruturas de comunicação.
“A transformação digital é um processo que ocorre, fundamentalmente, sobre as plataformas de tecnologias web (indústria de software para criação de sites ou aplicações online), pelo que a questão da infra-estrutura de comunicação é um facto indispensável para que haja transformação digital”, disse.
Promovido pela revista “Economia e Mercado”, o fórum tem como objectivo discutir a questão de como Angola se deve preparar, a curto e médio prazo, para a banca digital e o comércio electrónico no que concerne à regulamentação e tributação nesta área ainda incipiente do mercado angolano.
O Fórum, que contou com a participação de representantes institucionais, académicos e da banca, teve como prelectores dos painéis de debate, entre outros especialistas, o presidente do Conselho Executivo da Empresa
Interbancária de Serviços (EMIS), José de Matos, o director do Departamento de Sistemas de Pagamento do Banco Nacional de Angola (BNA), Edgar Bruno, director-geral da Internet Tecnologies Angola (ITA), Pinto Leite, e a chefe de Divisão do Multicaixa Express (EMIS), Mejidy Silva.
Uma das vantagens esperadas da transfomação digital é a redução dos custos operacionais bancários e maior controlo da moeda