SIC exortado a acelerar instrução dos processos
O secretário de Estado para o Asseguramento Técnico do Ministério do Interior exortou, ontem, em Luanda, os funcionários do Serviço de Investigação Criminal (SIC) a imprimir maior celeridade na instrução preparatória dos processos, de modo a respeitar os direitos fundamentais dos cidadãos.
Ao intervir na cerimónia comemorativa do 44º aniversário daquele órgão, assinalado ontem, Salvador José Rodrigues disse que é importante que o SIC ofereça aos cidadãos, que recorrem aos seus agentes, um atendimento com a urbanidade requerida.
“A nossa postura deve ser digna, adequada e exemplar, acautelando, sobretudo, a forma como nos dirigimos aos cidadãos”, salientou, para quem os cidadãos recorrem a este órgão por ser onde encontram repostas para os problemas que os afligem.
Por essa razão, prosseguiu, os efectivos do SIC devem, quando procurados pelos cidadãos, usar uma linguagem mais moderada, prestando todo o auxílio e o esclarecimento necessário. Acrescentou que constitui aposta do Ministério do Interior a modernização técnica, tecnológica e organizacional do SIC.
Nesta perspectiva, Salvador José Rodrigues informou estar em curso acções que conferem maior dignidade em termos de infraestruturas, recursos humanos e maior capacidade operativa, permitindo ao órgão dar resposta aos problemas da actualidade.
O secretário de Estado sublinhou que a comemoração do 44º aniversário da instituição, que decorreu sob o lema “Unidos na prevenção e luta contra o crime”, remete para uma profunda reflexão sobre as últimas ocorrências delituosas registadas no país, em particular na capital, que ceifaram a vida de alguns cidadãos, entre os quais estrangeiros.
O governante salientou que, apesar de se tratar de casos excepcionais, os efectivos do SIC não devem ficar indiferentes perante o luto criado pelos marginais em várias famílias.
“Devemos trabalhar com todo o nosso esmero e meios técnicos para descobrir os malfeitores que praticam tais actos, devolvendo, deste modo, o sentimento de segurança que ficou afectado”, precisou.
Defendeu, por outro lado, que mais do que combater o crime, o SIC deve, também, analisar as causas que geram a criminalidade, adoptando medidas de prevenção, referindo que a responsabilidade para o combate ao crime não deve ser encarada apenas como tarefa exclusiva deste órgão.
O director-geral do Serviço de Investigação Criminal, Arnaldo Manuel Carlos, deu a conhecer que a instituição está engajada na formação profissional do seu efectivo, visando a elevação da sua capacidade de actuação.
A cerimónia comemorativa do 44º aniversário do SIC coincidiu com o encerramento de mais um curso de promoção de oficiais efectivos daquele órgão. Ao todo, foram formados 272 efectivos.