Pinturas de oito países em mostra colectiva
Um conjunto de 66 obras de artes, que espelham manifestações culturais de oito países, está patentes, desde ontem, na galeria do Banco Económico, em Luanda, na Exposição Internacional Colectiva de artes plásticas denominada “Intersections - Within the Global South”.
“Intersections - Within the Global South”, que em português significa intersecções dentro do Sul Global, é uma mostra que coloca em diálogo 16 artistas contemporâneos de Angola, África do Sul, Moçambique, Burquina Faso, Brasil, Namíbia, Portugal e República Democrático do Congo (RDC). As obras ficam expostas até ao dia 16 de Janeiro.
A curadora da exposição, Sónia Ribeiro, admitiu, quarta-feira, em conferência de imprensa, que o projecto terá o impacto da nova geração de artistas de um “Sul Global”, que procura promover, através da arte, uma reflexão abrangente sobre algumas das mais relevantes problemáticas histórico-sociais vivenciadas nos territórios de origem.
Entre as peças expostas destacam-se quadros dos angolanos Luís Damião, Nelo Teixeira, Alida Rodrigues, Teresa Firmino, Januário Jano e Pedro Pires, do português Rómulo Santa Rita, dos sul-africanos Andrew , Dillon Marsh e Vivien Kohler, do brasileiro Bete Marques, dos moçambicanos Gonçalo Mabunda e Lizete Chimirre, do congolês democrático Patrick Bongoy, do burquinabê Saido Dicko, do namibiano Stephane Conradie, e do guineense Nu Barreto.
A mostra, adiantou Sónia Ribeiro, tem como objectivo recuperar alguns criadores angolanos na diáspora há muito tempo, como são os casos de Alide Rodrigues, que reside em Londres, e Teresa Kutala Firmino, radicada na África do Sul.
A ideia, explicou, é levar o projecto a Lisboa, não exactamente “com estes artistas, mas dando oportunidade a outro leque de criadores destes países e de outros que não estão presentes nesta mostra experimental”.