TAAG aumenta número de voos internacionais
Companhia considera épocas de alta procura, além do Natal e Ano Novo, o Carnaval na América, a Páscoa e o intervalo para férias em Agosto, situações com as quais a transportadora está familiarizada e passam sempre por uma preparação antecipada
A TAAG preparou-se para lidar com a elevada procura de serviços que se regista nesta altura do ano, aumentandoonúmerodevoosintercontinentais, de acordo com o director de Operações de Terra, Hélio Soma, em entrevista ao Jornal de Angola, na qual se falou dos novos desafios da companhia de bandeira, num momento em que o país se torna numa placa giratória da aviação continental.
A Taag preparou-se para a lidar com a elevada procura de serviços que se regista nesta altura do ano, considerada de “período de pico” no jargão da aviação comercial, de acordo com declarações prestadas ao Jornal
de Angola pelo director de Operações de Terra e o subdirector da Rede de Planeamento de Frota, Hélio Soma e Alípio Azevedo, respectivamente, numa entrevista em que falaram dos novos desafios da companhia, num momento em que Angola se torna numa placa giratória da aviação continental.
Alípio Azevedo notou que a Taag tem quatro épocas consideradas de “pico” por ano, uma em Fevereiro, por causa do Carnaval, outra entre Março e Abril, com a Páscoa, o intervalo para férias em Agosto, que abrange os meses de Junho a Setembro e o Natal e o Ano Novo, algo que se reflecte numa elevada procura por serviços da companhia de bandeira.
“Temos, nesta altura, uma procura alta, mas controlada, pois estamos a conseguir servir tudo aquilo que nos é proposto”, sublinhou Alípio Azevedo, adiantando que a Taag está a operar com cinco voos extras para o Porto (Portugal), mais para “desafogar” a procura de passageiros “corporate”, como os trabalhadores de empresas de construção.
Revelou que também foi feito um voo extra para São Tomé, realizado hoje, já que, aí, a procura também é elevada, enquanto nas rotas domésticas, foi projectado um para Cabinda, que foi vendido em tempo considerado recorde.
“É caricato: esse voo foi introduzido terça-feira às 10h00 e, às 14h00, estava todo vendido”, notou, reconhecendo “limitações” ligadas ao reduzido número de aeronaves e um programa comercial de Inverno (no hemisfério Norte) a cumprir.
O subdirector de Rede de Planeamento de Frota indicou que os voos da Taag registam, em média, uma taxa de ocupação acima de 90 por cento. “Temos voos de Lisboa totalmente cheios, sobretudo na classe económica, enquanto nas mais altas (primeira e executiva), sobretudo na primeira, é mediana”, sublinhou.
Referiu que, nos voos regionais, o nível de ocupação dos aviões da Taag mantémse alto, sendo que para a Cidade do Cabo, África do Sul, haverá operações diárias até 15 de Janeiro, voltando depois às quatro frequências. “A ocupação é, também, boa na nossa perspectiva comercial”, disse Alípio Azevedo.
Para São Paulo (Brasil), a ocupação está acima da média, mais agora que o tráfego que existia para o Rio de Janeiro foi condensado para aí, “com o devido ‘escape’ que foi montado pela Taag, para fazer o passageiro chegar até ao destino final.”
Receitas diversificadas
Apesar da venda de bilhetes de passagem ser a principal fonte de receitas na aviação, na Taag, foi adoptada uma estratégia no segmento do transporte de bagagem, que tem vindo, progressivamente, a permitir um maior encaixe financeiro. “Melhorámos muito mesmo, obtendo bons resultados com a bagagem, sendo já um dos itens que tem trazido significativas receitas extraordinárias para a Taag: temos que diversificar”, adiantou Alípio Azevedo.
O director de Operações de Terra completa: “num voo muito característico, para Cabinda, temos 240 volumes, para 120 passageiros, já que, em média, cada passageiro leva três volumes. Esse é um dos voos que mais trafegamos em termos de bagagem”, disse, acrescentando que aquela cidade é considerada a rota com a “alta intensidade” de bagagens, que chega a cerca de 900 nos três voos diários, sem incluir as três ou quatro toneladas de carga.
Hélio Soma revelou que, normalmente, há pouca bagagem nas saídas de Luanda, já que os passageiros trazem mais coisas no regresso, sobretudo nas rotas intercontinentais. “Do exterior, temos recebido, por voo, entre seis a dez contentores de bagagem, com 35 volumes cada, totalizando de 350 a 400 volumes, sobretudo do Porto e Lisboa”, sublinhou.
Aumento de passageiros
Os aviões da Taag transportaram, entre Janeiro a Outubro deste ano, 1.307.794 passageiros, 498.421 dos quais nas rotas intercontinentais (Lisboa, Porto, Havana, São Paulo e Rio de Janeiro - este, foi descontinuado em Outubro) e 338.211 nas regionais (Windhoek, Joanesburgo, Cidade do Cabo, Harare, Maputo, Lusaka, Brazzaville, São Tomé, Kinshasa e Sal), segundo dados avançados pelo subdirector de Rede de Planeamento de Frota.
Nas rotas domésticas (Lubango, Huambo, Catumbela, Luena, Namibe, Menongue, Cuito, Soyo, Saurimo, Ondjiva, Dundo), voaram pela Taag, 471.162 passageiros, números que fazem as delícias da companhia, já que representam um crescimento à volta de 3,00 por cento em relação ao período homólogo do ano anterior.
A Taag espera continuar a crescer a nível do transporte de passageiros, sobretudo a partir de 2020, com a chegada das aeronaves do tipo Dash400, da canadiana Havillland Aircraft. “Aí, teremos o equipamento certo para o mercado doméstico”, sublinhou Alípio Azevedo.
Operações de terra
O director de Operações de Terra referiu que a gestão é feita ao detalhe, indicando que a Taag está certificada com as normas IOSA, da Associação Internacional dos Transportes Aéreos (IATA, sigla inglesa), com o que “temos níveis de segurança e ‘standard’ a nível da aviação internacional, aceites pela Europa e o resto do mundo.”
Hélio Soma disse que tal implica planeamento e que para a “época de pico” de Dezembro, por volta de Maio e Junho, as operações começam a ser preparadas com a verificação da situação dos funcionários, horários e turnos para enquadrar o número elevado de passageiros que se podem apresentar nos terminais domésticos e internacionais, além dos voos extras.
A Taag espera continuar a crescer a nível do transporte de passageiros, sobretudo a partir de 2020, com a chegada das aeronaves do tipo Dash400, da Havillland Aircraft