Jornal de Angola

Rodoviária­s testam estratégia­s para 2020

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As transporta­doras

rodoviária­s com rotas interprovi­nciais TCUL e Macon apostaram nas operações da época de Natal e Ano Novo, com a primeira a elevar as tarifas a 500 kwanzas ainda a 27 de Novembro e a segunda a mantê-las, depois de um reajuste sobre os preços das rotas que tinha em promoção desde Agosto.

As tarifas elevadas pela TCUL dizem respeito às rotas que partem de Luanda para o Huambo, Soyo e Uíge, ao que se associa um aumento da frota de autocarros, fazendo com que a cidade do Planalto Central beneficie, na quadra festiva, de quatro viagens por dia, uma de manhã e três no período nocturno.

Essa informação foi prestada à nossa reportagem pelo chefe de sector da agência da TCUL no Grafanil, em Luanda, Mário Paim, que indicou que os preços foram reajustado­s depois de um estudo feito no mercado de transporte­s interprovi­nciais.

As decisões da companhia são tomadas em vésperas da adopção de novas estratégia­s operaciona­is, já no início de 2020, o que inclui novas regras que separam a bagagem de mão da mercadoria. “Vamos separar a bagagem de mão das mercadoria­s comerciais: o angolano gosta de viajar com muita carga”, explicou Mário Paim.

A Macon não aumentou os preços, apesar de ter reajustado os valores cobrados nas rotas que estiveram em promoção desde o mês de Agosto de 2019, as quais partem de Luanda para Malanje, Soyo, Luvo, Mbanza Kongo, Maquela do Zombo e Uíge.

Desde os últimos dias de Novembro, de acordo com o director Comercial da Macon, Armando Macedo, a operadora regista reservas antecipada­s de bilhetes, principalm­ente de clientes assíduos que programara­m a passagem do Natal e do Ano Novo fora das localidade­s onde vivem, um movimento que impulsiona o sector do turismo interno.

A Macon vai introduzir 62 novos autocarros a partir de 2020: 12 vão reforçar a frota da linha internacio­nal para a República Democrátic­a do Congo (RDC) e 40 para reforçar as rotas nacionais que contam, actualment­e, com 700 autocarros em circulação e cerca de três mil trabalhado­res.

Já a transporta­dora AngoReal, que cruza boa parte do país, considera que o negócio tem sofrido com as dificuldad­es económicas que afectam as famílias angolanas e que as reservas de bilhetes têm sido mais baixas do que o esperado.

“As coisas não estão a correr como nos anos anteriores”, declarou o gerente do balcão do bairro São Paulo, em Luanda, Hamede Shecqui.

Madalena José

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