Ministra reprova o preconceito contra portadores de VIH/Sida
Faustina de Almeida Alves reconheceu que o principal problema dos doentes de Sida tem a ver com o estigma de familiares e de determinados estratos sociais
A ministra da Acção Social Família e Promoção da Mulher apelou, no sábado, em Luanda, à necessidade de maior solidariedade nos lares para com as pessoas que convivem com o VIH/Sida, de modo a ultrapassarem as barreiras a elas impostas na sociedade.
Faustina de Almeida Alves, que falava na cerimónia do Natal Solidário, no Hospital Esperança, proporcionado pelo sector que dirige, reconheceu que o principal problema dos doentes de Sida tem a ver com o estigma da parte de familiares e determinados estratos sociais, porque, “de resto, o Estado tem feito tudo para que estes tenham acesso aos medicamentos”.
“O doente com Sida é uma pessoa que necessita de ser acarinhado pelos familiares, para que tenha forças de continuar a encarar a vida com determinação, o que passa pelo cumprimento estrito da medicação. Estamos aqui para passar a mensagem que o Estado nunca abandonou ninguém e continuará a envidar esforços para que os vossos direitos sejam salvaguardados”, prometeu a ministra.
Fuga à medicação
A directora-geral do Instituto Nacional de Luta Contra o Sida, Lúcia Furtado, garantiu que há medicamentos suficientes, mas manifestou-se preocupada porque muitos doentes não tomam os medicamentos, alegando falta de alimentação.
O momento serviu igualmente para a entrega simbólica de 14 cartões de apoio ao doente necessitado, uma iniciativa que deverá abranger um número mais extensivo de pessoas acompanhadas pelo Ministério da Acção Social, Família e Promoção da Mulher, com vista a mitigar as dificuldades que estes enfrentam para obter uma cesta básica mensal.
Centenas de pessoas infectadas com o vírus tiveram uma tarde diferente a dos dias habituais, com almoço, brindes e música proporcionada por uma banda juvenil pertencente ao Colégio Naval.