Duplas reclamam diárias e suspendem preparação
Os atletas da Selecção Nacional de vela, em ambos os sexos, da classe 470, paralisaram os trabalhos de preparação há dois dias, tendo em vista a participação no Campeonato Africano, a decorrer de 12 a 18 de Janeiro, na capital do país, por alegada falta de pagamento das diárias e de melhores condições técnicas.
A informação foi avançada, ontem ao Jornal de Angola, por uma fonte da Federação Angolana de Desportos Náuticos (FADEN). Os velejadores, num total de 14 , transmitiram o posicionamento ao técnico Adilson Torres, e manifestaram descontentamento com o tratamento "pouco digno" recebido da parte do órgão reitor da modalidade.
A prova de duplas da classe 470 é qualificativa para os Jogos Olímpicos Tóquio'2020, no Japão. Além de Angola a competição vai ter concorrentes de Moçambique, Argélia,
Egipto e África do Sul.
“Os trabalhos começaram há duas semanas e, por lei, deviam ser pagas as respectivas diárias. Por outro lado, as embarcações usadas nos treinos até aqui realizados estão ultrapassadas. As novas já estão a caminho, mas também não são as mais adequadas, quando a FADEN tem conhecimento sobre os meios técnicos exigidos pelos velejadores”, revelou a fonte.
As duplas Osvaldo da Gama/Aline Lourenço; Francisco Artur/Edvaldo Torres; Matias Montinho/ Paixão Afonso; Paulo Amaral/Lúcio Felgueira; Paulo Almeida/Leonildo Feliciano; Domingas Huambo/Isabel Afonso e Lúcio Fernandes/ Geovani da Cruz integram o grupo de pré-seleccionados.
O Jornal de Angola tentou contacto com a FADEN, mas sem sucesso. Contrariamente à classe 470, a selecção de 420, às ordens de Moisés Camota, dá sequência à preparação para o Africano de Luanda.