Igreja pede serenidade na quadra festiva
O que importa não é a data, nem o local do seu nascimento, mas a missão pela qual Jesus Cristo veio à terra. “Isso sim, é muito importante e é nisso que devemos basear a nossa fé, enquanto cristãos”, disse, ao Jornal de Angola, o bispo da Igreja Metodista Unida de Angola.
Para Gaspar João Domingos, todos os dias poderiam ser de Natal, porque se todos se revirem no discurso de Jesus, “vão perceber que este discurso deve nascer connosco todos os dias das nossas vidas”, dado o facto de Jesus “ter vindo ao mundo para nos salvar.” O bispo reconhece que o espírito do Natal gira em torno do outro, pensar no outro para o bem de todos, porque é Deus que pensou nos homens, quando enviou o seu próprio filho para morrer por nós. Acrescentou que Maria aceitou o discurso do anjo Gabriel, por conta da salvação da humanidade e pensou no outro, José, que aceitou a gravidez de Maria, também, para salvar os homens.
De acordo com o reverendíssimo, o Natal traz consigo uma figura que revolucionou o mundo, que é Jesus Cristo, dono de uma retórica capaz de aliviar tensões, traz paz, segurança e produz seguidores.
“Por isso, quando falamos de Natal, todos aqueles grupos que seguem Cristo celebram a chegada do salvador do mundo, aquele que abandonou a glória do seu Pai para poder encarnar-se na vida de um povo, com o objectivo de atingir a salvação da humanidade”, sublinhou o bispo.
Para Gaspar João Domingos, não deve haver celebração natalícia da Igreja Católica, da Metodista ou de outra igreja Protestante. Em seu entender, todas as igrejas cristãs devem celebrar o Natal da mesma forma, porque todos somos seguidores de Jesus Cristo.
Gaspar João Domingos explica que, nessa época, os crentes mais jovens aprendem e decoram textos bíblicos que ilustram o nascimento de Jesus Cristo e apresentam-no em forma dramatizada para continuar vivo na mente dos fiéis. E isso também serve como fonte de envangelização para os novos que visitam a igreja.
“Vale dizer que este é sempre um processo cíclico, porque todos os anos há Natal, exactamente para não nos esquecermos de que há um propósito para tudo debaixo dos céus.”