Hospital Geral de Luanda reforça as equipas médicas
O banco de urgência do Hospital Geral de Luanda será intercalado por três ou quatro médicos em cada turno
O Hospital Geral de Luanda tem preparado um plano de asseguramento, reforço médico, enfermagem e pessoal técnico para o período da quadra festiva, garantiu ao Jornal de Angola o director daquela unidade sanitária.
Carlos Zeca disse que a equipa de profissionais está em prontidão para dar resposta às ocorrências que venham a surgir durante o período de festas, que começa hoje, dia 25, e vai até um de Janeiro. “Estão mobilizadas equipas médicas, enfermeiros e técnicos auxiliares. Portanto, estamos sensibilizados para que possamos responder com o que vier.”
O responsável, que falava durante a festa de Natal Solidário para as crianças internadas, assim como as que apareceram nas consultas no Hospital Geral de Luanda, prometeu reforçar as equipas e aumentar os turnos de quatro enfermeiros para seis ou oito horas.
Assegurou que o banco de urgência será intercalado por três ou quatro médicos em cada turno. “Tem sido assim todos os anos, aliás, temos, também, contado com médicos voluntários que se oferecem para ajudar neste período. O pessoal que apenas trabalha no turno diurno passa a fazer noites.”
Medicamentos suficientes
De acordo com Carlos Zeca, o hospital dispõe de fármacos suficientes, tal como de material gastável. Lembrou que em termos de meios humanos já não há problemas, devido ao enquadramento de novos técnicos, admitidos através do concurso público.
“Há medicamento para todo o paciente que está internado, que usufrui desde o banco de urgência até à altura em que recebe alta. Nas consultas externas, os pacientes não recebem medicamentos, mas, sim, são passadas receitas médicas para comprarem numa farmácia fora do hospital. Nós oferecemos um ou outro fármaco”, justificou.
No Hospital Geral de Luanda, os pacientes são assistidos nas consultas externas e bancos de urgência. As actividades decorrem normalmente.
O hospital atende de segunda a sextafeira mais de 1.500 pacientes por dia, sendo 900 apenas no banco de urgência e os restantes nas consultas externas e triagem. Em média, dão entrada na unidade sanitária 250 crianças.
A malária continua a ser a principal patologia que afecta as crianças, que continua num número ainda muito elevado, apesar de a mortalidade, as bronquites, as doenças respiratórias agudas, bem como as diarreicas agudas terem diminuído.
Por dia, são testados 100 a 200 casos de malária, dos quais 80 positivos e apenas os mais críticos obedecem a internamento.
O hospital passou a contar com 10 médicos, 57 enfermeiros e 14 técnicos de diagnóstico terapêutico. “Na medida que os anos vão passando e com a realização de mais concursos públicos, com certeza, vai-se minimizando a situação dos recursos humanos.”
Nas consultas externas, os pacientes não recebem medicamentos, mas são passadas receitas médicas
Para Carlos Zeca, os desafios pela frente são grandes, esperando que se melhore os serviços prestados à população, que ainda não é o desejado, pois para se chegar lá tem de haver um trabalho redobrado e entrega total dos profissionais.
O gestor anunciou que, a partir de Janeiro de 2020, o Hospital Geral de Luanda vai implementar a triagem de Manchester nos bancos de urgência para melhorar o atendimento e minimizar as reclamações.
Durante o rastreio no banco de urgência, explicou, os pacientes serão identificados com uma determinada cor, amarela, vermelha, verde e laranja. Acrescentou que a cor vermelha significa que o paciente tem prioridade no atendimento, a amarela e a verde que pode esperar e a laranja é intermitente.