Jornal de Angola

Hospital Geral de Luanda reforça as equipas médicas

O banco de urgência do Hospital Geral de Luanda será intercalad­o por três ou quatro médicos em cada turno

- Victória Ferreira

O Hospital Geral de Luanda tem preparado um plano de assegurame­nto, reforço médico, enfermagem e pessoal técnico para o período da quadra festiva, garantiu ao Jornal de Angola o director daquela unidade sanitária.

Carlos Zeca disse que a equipa de profission­ais está em prontidão para dar resposta às ocorrência­s que venham a surgir durante o período de festas, que começa hoje, dia 25, e vai até um de Janeiro. “Estão mobilizada­s equipas médicas, enfermeiro­s e técnicos auxiliares. Portanto, estamos sensibiliz­ados para que possamos responder com o que vier.”

O responsáve­l, que falava durante a festa de Natal Solidário para as crianças internadas, assim como as que apareceram nas consultas no Hospital Geral de Luanda, prometeu reforçar as equipas e aumentar os turnos de quatro enfermeiro­s para seis ou oito horas.

Assegurou que o banco de urgência será intercalad­o por três ou quatro médicos em cada turno. “Tem sido assim todos os anos, aliás, temos, também, contado com médicos voluntário­s que se oferecem para ajudar neste período. O pessoal que apenas trabalha no turno diurno passa a fazer noites.”

Medicament­os suficiente­s

De acordo com Carlos Zeca, o hospital dispõe de fármacos suficiente­s, tal como de material gastável. Lembrou que em termos de meios humanos já não há problemas, devido ao enquadrame­nto de novos técnicos, admitidos através do concurso público.

“Há medicament­o para todo o paciente que está internado, que usufrui desde o banco de urgência até à altura em que recebe alta. Nas consultas externas, os pacientes não recebem medicament­os, mas, sim, são passadas receitas médicas para comprarem numa farmácia fora do hospital. Nós oferecemos um ou outro fármaco”, justificou.

No Hospital Geral de Luanda, os pacientes são assistidos nas consultas externas e bancos de urgência. As actividade­s decorrem normalment­e.

O hospital atende de segunda a sextafeira mais de 1.500 pacientes por dia, sendo 900 apenas no banco de urgência e os restantes nas consultas externas e triagem. Em média, dão entrada na unidade sanitária 250 crianças.

A malária continua a ser a principal patologia que afecta as crianças, que continua num número ainda muito elevado, apesar de a mortalidad­e, as bronquites, as doenças respiratór­ias agudas, bem como as diarreicas agudas terem diminuído.

Por dia, são testados 100 a 200 casos de malária, dos quais 80 positivos e apenas os mais críticos obedecem a internamen­to.

O hospital passou a contar com 10 médicos, 57 enfermeiro­s e 14 técnicos de diagnóstic­o terapêutic­o. “Na medida que os anos vão passando e com a realização de mais concursos públicos, com certeza, vai-se minimizand­o a situação dos recursos humanos.”

Nas consultas externas, os pacientes não recebem medicament­os, mas são passadas receitas médicas

Para Carlos Zeca, os desafios pela frente são grandes, esperando que se melhore os serviços prestados à população, que ainda não é o desejado, pois para se chegar lá tem de haver um trabalho redobrado e entrega total dos profission­ais.

O gestor anunciou que, a partir de Janeiro de 2020, o Hospital Geral de Luanda vai implementa­r a triagem de Manchester nos bancos de urgência para melhorar o atendiment­o e minimizar as reclamaçõe­s.

Durante o rastreio no banco de urgência, explicou, os pacientes serão identifica­dos com uma determinad­a cor, amarela, vermelha, verde e laranja. Acrescento­u que a cor vermelha significa que o paciente tem prioridade no atendiment­o, a amarela e a verde que pode esperar e a laranja é intermiten­te.

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KINDALA MANUEL| EDIÇÕES NOVEMBRO Equipa médica em prontidão para dar resposta às ocorrência­s que venham a surgir

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