Faltam 16 mil dólares para prémios aos estrangeiros
Presidente da Federação Angolana de Atletismo anuncia no dia 27 decisão sobre a presença de forasteiros na prova
A falta de 16 mil dólares norte-americanos para pagamento de prémios aos corredores estrangeiros, em ambos os sexos, pode afastar a vinda destes para a disputa da 64ª edição da corrida pedestre de final de ano, denominada São Silvestre, cujo tiro de largada é dado às 17h00 do dia 31 do corrente, no Largo da Mutamba, em Luanda.
Em declarações ao programa Clube Angola da Rádio 5, canal desportivo da Radiodifusão Nacional de Angola (RNA), o presidente da Federação Angolana de Atletismo (FAA), Bernardo João, disse estar a trabalhar no sentido de conseguir o montante para garantir a vinda de corredores forasteiros.
Na ocasião, o número um da federação garantiu ter sido criado um plano B pela instituição que lidera. “Caso não seja conseguido o valor pretendido, vamos fazer uma corrida apenas com atletas nacionais. Esta não é a nossa intenção, razão pela qual estamos a trabalhar no sentido de conseguirmos trazer estrangeiros. Já temos inclusive 30 lugares disponíveis numa unidade hoteleira da capital”, deu a conhecer.
Quanto ao anúncio em definitivo da presença de atletas de outras paragens na principal prova do calendário de competições daquela entidade, Bernardo João garantiu:
“dia 27, em conferência de imprensa, às 16h00, no Edifício Kilamba, na Marginal, daremos a resposta. Até lá, ainda temos alguns dias.”
Pinto Diogo, professor de Educação Física, quando questionado acerca da ausência de estrangeiros, emitiu a seguinte opinião: “tecnicamente, não há problema algum, caso não venham. Mas é positivo dar cariz internacional à prova, ainda que seja apenas com um corredor.”
A chegada das delegações estrangeiras está prevista para o dia 28 e a partida para 2 de Janeiro. As instalações do Instituto de Formação da Administração Local (IFAL) vãi servir para alojamento das distintas delegações nacionais e estrangeiras.
Para esta edição, foram convidados fundistas de Portugal, Brasil, Quénia, Etiópia, Eritreia, Uganda, São Tomé e Príncipe, África do Sul, Botswana, Malawi, Moçambique, Namíbia e Zimbabwe
A corrida de 2018 foi ganha pelo queniano Mukua Nyudusi, com o tempo de 30 minutos e 20 segundos. O angolano Alexandre João, do Interclube, foi terceiro com 35 minutos e 53 segundos.
Em femininos, conquistou a primeira posição a etíope Beyanesh Ayele, ao cronometrar 33:56, à frente da angolana Adelaide Machado, 36:42. A São Silvestre deste ano está orçada em 66 milhões de kwanzas.
Percurso e inscrições
O estado de algumas das artérias do percurso também mereceu abordagem. Pinto Diogo assegurou: “foi-nos dada a garantia, quer do Governo Provincial quer da Comissão Administrativa da Cidade de Luanda, que as anomalias registadas serão solucionadas até ao dia 27. No dia seguinte, às 8h00, vamos fazer a última vistoria.”
As inscrições para a corrida, com mais de 1700 pessoas de ambos os sexos registadas até ontem, terminam amanhã no final do dia, apurou o Jornal de Angola, de fonte da FAA.
Com início no passado dia 12 de Novembro, a taxa de inscrição é de 600 kwanzas. Os locais de inscrições são a sede da federação, na Urbanização Nova Vida, na Cidadela Desportiva, Casa da Juventude de Viana e lojas da Sport Zone na Centralidade do Kilamba.
Ao contrário das edições anteriores, onde foram utilizados “chips” personalizados e distribuídos aos concorrentes a título devolutivo, este ano estes são descartáveis.
A corrida mantém o percurso de 10 quilómetros, com largada no Largo da Mutamba, passando pela avenida Amílcar Cabral, rua Revolução de Outubro, avenida Ho-Chi Min, Largo das Heroínas, Alameda Manuel Van-Dúnem, avenida dos Combatentes, Largo do Kinaxixi, rua da Missão, Cirilo da Conceição e avenida 4 de Fevereiro.