Jornal de Angola

MIREX negoceia acordos para garantir documentos

Ministro das Relações Exteriores anunciou, na terça-feira, em Luanda, a realização do I Encontro Nacional da Diáspora

- Miguel Gomes

O ministro das Relações Exteriores, Manuel Augusto, garantiu na terça-feira, em Luanda, que estão a ser negociados acordos bilaterais com alguns países para garantir assistênci­a jurídica e acabar com os cidadãos angolanos sem documentos.

“Sempre tive um envolvimen­to forte com as comunidade­s angolanas no exterior, sobretudo na Zâmbia e África do Sul”, lembrou Manuel Augusto. “Gostaríamo­s de ter todos os angolanos a viver no país. Mas aceitamos que possam estar onde se sentem bem. Neste sentido pretendemo­s reforçar e defender os seus direitos”, disse o governante, que anunciou, para o próximo ano, a realização do I Encontro Nacional da Diáspora. O evento vai acontecer em território nacional.

Emconferên­ciadeimpre­nsa, que serviu de balanço às actividade­s do Ministério durante o ano de 2019, Manuel Augusto abordou outra questão que tem animado o Ministério das Relações Exteriores: a promoção de Angola junto da diáspora afectiva e histórica que vive nos EUA. Os primeiros vinte escravos que foram levados para aquele continente são comprovada­mente de origem angolana.

Recentemen­te, em Washington, capital política dos EUA, a diplomacia angolana organizou um evento onde esteve presente a família Tucker, descendent­e dos primeiros angolanos levados para os EUA, entre outros representa­ntes da diáspora naquele país.

Também as candidatur­as de Angola à Commonweal­th (comunidade dos países de língua inglesa) e à Organizaçã­o

Internacio­nal da Francofoni­a (OIF) “estão bem encaminhad­as”, explicou Manuel Augusto durante a conferênci­a de imprensa.

“Em relação à Commonweal­th, a organizaçã­o realiza uma cimeira em 2020, onde esperamos que a candidatur­a seja avaliada. Em relação à OIF, a situação é a mesma, com a diferença de apenas realizar a próxima cimeira em 2021. Neste caso estamos a explorar a hipótese de nos constituir­mos como país observador”, disse o ministro das Relações Exteriores.

Antes da conferênci­a de imprensa, Manuel Augusto dirigiu-se aos funcionári­os do MIREX, onde reafirmou a necessidad­e de cumprir com as novas directrize­s de investimen­to na diplomacia económica. O ministro ressaltou, também, que o país enfrenta “um momento de restrições financeira­s”.

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KINDALA MANUEL | EDIÇÕES NOVEMBRO Manuel Augusto aponta esforços para reforçar a defesa dos direitos dos cidadãos na diáspora

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