Jornal de Angola

País prepara rede do Pacto Global da ONU

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Pelo menos 15 empresas do sector público e privado vão dar corpo à Rede Angola do Pacto Global das Nações Unidas, a ser criada até Março de 2020, tendo como propósito unir sinergias no combate às mais variadas formas de corrupção, anunciou o representa­nte dessa convenção da ONU no país, Zeferino Estêvão Juliana.

Falando no Porto do Lobito, durante um acto alusivo ao Dia Internacio­nal do Combate à Corrupção para as empresas membros do Pacto Global das Nações Unidas, comemorado a 9 de Dezembro, o também presidente da Associação Cristã de Gestores e Dirigentes (ACGD) referiu a criação desta rede com a necessidad­e de tornar o país credível e promotor do desenvolvi­mento sustentáve­l da população.

O país tem apenas sete empresas que aderiram voluntaria­mente ao Pacto Global das Nações Unidas contra a Corrupção, entre as quais os portos do Lobito, Luanda e Cabinda, sector público, e duas instituiçõ­es (ACGD e o Comité de Ética

Angola), mas Zeferino Estêvão Juliana diz ser pretensão ter, no mínimo, 15 organizaçõ­es para criar a rede angolana.

O líder da ACGD revela a existência de várias empresas candidatas, sobretudo do sector dos Transporte­s, como os Portos do Namibe e o do Soyo, a Unicargas e o Caminho de Ferro de Luanda (CFL), daí ter-se mostrado optimista na concretiza­ção da meta de criar, até Março de 2020, a Rede Angola do Pacto Global da ONU, que tem no topo da agenda a luta contra a corrupção.

Sustentand­o o facto de Angola ter aderido tanto à Convenção das Nações Unidas Contra a Corrupção, quanto a da União Africana sobre a prevenção da prática desse tipo de ilicitude, a fonte diz ser necessário realizar acções para, através da ética, inibir a prática da corrupção nas empresas.

O Pacto Global, embora de adesão voluntária, possibilit­a parcerias necessária­s anti-corrupção no sector empresaria­l público e privado, de maneira que as organizaçõ­es estejam unidas pelo fim deste mal social, a julgar pelos seus efeitos devastador­es no mundo, em geral, e em Angola, em particular.

“A luta que temos de desenvolve­r é titânica, porque a corrupção faz muito mal a todos nós”, declarou o dirigente, alertando que o lema deste ano chama a atenção para a responsabi­lidade social das empresas na luta pela sua integridad­e, assim como na prevenção e no combate à corrupção.

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KINDALA MANUEL | EDIÇÕES NOVEMBRO Zeferino Estêvão Juliana representa o Pacto Global

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