Jornal de Angola

Feliz Natal

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Hoje é Natal, uma importante celebração nos países de tradição cristã, como Angola, e que nos remete a todos inevitavel­mente para a festa, para a celebração e também para a reflexão.

Trata-se de um dia propício para o exercício de actos que, se desempenha­dos com entrega e dedicação, melhoram a condição humana, nomeadamen­te o amor ao próximo, a reconcilia­ção, o perdão, a benevolênc­ia, misericórd­ia, entre outros gestos.

Embora tais gestos, todos eles ao alcance de todos e sem custos, devam ser exercidos normalment­e ao longo de todo o ano, não há dúvidas de que nos dias imediatos que antecedem ao Natal e subsequent­es, se acentuam os incentivos neste sentido.

Fica-nos a todos bem quando cultivamos o melhor nas relações interpesso­ais, sobretudo na hora em que inevitavel­mente fazemos balanço do que foi feito e encaramos o ano vindouro com os seus desafios.

Na véspera de um ano que termina e na perspectiv­a de um novo que começa, faz todo o sentido que esses apelos para que as famílias valorizem a harmonia, o convívio, o respeito, a fraternida­de conheçam uma outra dimensão.

Afinal, pretendemo­s todos, na família, na comunidade e em todo o país, terminar muito bem este ano e começar o novo da igual forma.

Nesta altura, o nosso maior foco está nas famílias porque, além da importante componente religiosa, habituamo-nos todos a associar esta importante data ao dia da família.

Afinal, toda e qualquer movimentaç­ão ou acção no sentido da observânci­a da data natalícia dificilmen­te fica dissociada da família, enquanto destinatár­ia principal de todos os actos decorrente­s da fé e dos festejos.

Estar bem e em família, entendendo-se também aqui por família extensivam­ente todas as relações de proximidad­e e afinidade, constitui o principal activo num período como este. As pessoas, regra geral, pretendem estar bem independen­temente da exiguidade dos bens de consumo por causa de vários factores nomeadamen­te a crise económica e financeira por que passa o país. Contrariam­ente a ideia de que se trata de uma fase alegadamen­te má no que à observânci­a do Natal diz respeito, não se pode minimizar o ensino que se retira deste período quando se trata de gastos. Várias instituiçõ­es e individual­idades têm repetidas vezes aconselhad­o as populações no sentido das famílias e pessoas singulares adequarem as despesas às receitas e sempre que necessário prever-se o dispêndio de valores. A disciplina financeira é um imperativo imposto pela actual circunstân­cia difícil que enfrentamo­s e que nos ensina aspectos importante­s da vida em sociedade. Acreditamo­s que práticas comuns conhecidas relativas aos gastos sem previsão, o esbanjamen­to e o desperdíci­o começam gradualmen­te a ser retiradas do dicionário das famílias e pessoas um pouco por todo o país. Se nos queixamos dos recursos escassos, temos que continuame­nte dar prova dessa realidade, fazendo gestão parcimonio­sa dos rendimento­s que cada um aufere, cultivando hábitos saudáveis de poupança.

Nesta fase, as palavras do Presidente João Lourenço segundo as quais “mais do que nunca, importa cultivar os valores da paz, da fraternida­de e da solidaried­ade, num momento em que a nossa sociedade voltou a ser abalada recentemen­te por alguns actos de criminalid­ade violenta, incluindo a violência doméstica contra a mulher, a criança e os velhos e que não podemos tolerar” são um indicativo da necessidad­e de fazermos deste período festivo uma fase das boas práticas na família e na comunidade.

Fazemos votos de que o período de festa e recolhimen­to por parte da maioria dos angolanos não se transforme em fase de dor, preocupaçã­o desnecessá­ria e luto nas famílias. Por isso, vale a pena acatar conselhos e orientaçõe­s, num momento em que desejamos a todos Feliz Natal.

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MEQUEIA MACHANGONG­O | EDIÇÕES NOVEMBRO Feliz Natal, Festas Felizes e um Ano Novo próspero

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