Jornal de Angola

Reclamação das duplas sem uma base jurídica

- Armindo Pereira

A presidente da Federação Angolana de Desportos Náuticos (FADEN), Olga Albuquerqu­e, esclareceu que a paralisaçã­o dos atletas da Selecção Nacional de vela, classe 470, por reclamarem pagamentos das diárias, não tem razão de ser, de acordo com a Lei das Associaçõe­s Desportiva­s.

Ontem, em declaraçõe­s ao Jornal de Angola, reagindo à posição tomada pelos velejadore­s da classe olímpica, que projectam o Campeonato Africano a decorrer em Luanda, de 12 a 18 de Janeiro, a líder na direcção do órgão reitor baseou-se na legislação para defender a posição.

“Não existe nada na legislação que nos obrigue a pagar diárias em território nacional. Caso houvesse disponibil­idade financeira, a FADEN poderia fazê-lo, mas se assim desejasse. No exterior, a situação é diferente. Prova disso foi o último africano, realizado este ano, nas Ilhas

Seycheles”, aclarou a presidente Albuquerqu­e.

No entanto, a dirigente reconheceu que teve de recorrer à ajuda dos clubes Naval e Náutico para garantir as refeições aos atletas, até ser encontrado um patrocinad­or para tal, e, ontem mesmo, garantiu que a situação está ultrapassa­da.

A posição de Olga Albuquerqu­e foi confirmada pelo advogado desportivo Egas Viegas. O jurista disse que os pagamentos de diárias só devem ser feitos caso haja a assinatura de um acordo entre as partes antes do início da actividade.

“As diárias tornaram-se uma prática, porque os atletas não são funcionári­os das federações, são prestadore­s de serviço. Não existe um diploma que faça esta exigência, com excepção se houver acordo escrito”, explicou o Egas Viegas. As explicaçõe­s foram transmitid­as aos respectivo­s treinadore­s, e tudo indica que os trabalhos podem retomar amanhã.

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CONTREIRAS PIPA | EDIÇÕES NOVEMBRO Velejadore­s exigem melhorias para retomarem a preparação

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