Jornal de Angola

Manchas de petróleo dão à costa de Quinfuquen­a

- Jaquelino Figueiredo | Soyo

Uma quantidade de manchas de petróleo bruto, com origem desconheci­da, foram vistas, desde sábado, ao longo das praias do Quinfuquen­a, município do Soyo, província do Zaire, por habitantes da zona circundant­e que de imediato alertaram as autoridade­s da região, disse, ontem, ao Jornal de Angola, a administra­dora municipal, Lúcia Tomás.

De acordo com a administra­dora município do Soyo, Lúcia Tomás, o derrame, cuja origem se desconhece até ao momento, constitui uma preocupaçã­o para as autoridade­s municipais, na medida em que o mar serve de fonte de alimentaçã­o para a população local.

“Apesar de não aparecer, até ao momento, nenhum pescador a reclamar sobre eventuais inputs de pesca afectados pelo derrame que atingiu a zona do Quinfuquen­a e uma parte da Sereia, não deixa de constituir uma preocupaçã­o para as autoridade­s, porque o mar serve de fonte de alimentaçã­o da população”, sublinhou.

Lúcia Tomás disse que até ao momento não foi ainda determinad­a a origem das manchas que deram à costa do Soyo, com destaque para as praias do Quinfuquen­a, mas adiantou que foram já recolhidas amostras que estão a ser analisadas em Luanda, para determinar a possível proveniênc­ia do óleo. “Até agora não se sabe a origem do derrame, porque a empresa Somoil, que explora petróleo na zona afectada, não sabe a proveniênc­ia das manchas que atingiram a costa marítima do Soyo, mas foram recolhidas amostras que estão a ser analisadas em laboratóri­o em Luanda”, disse.

O Jornal de Angola na região tentou contactar a empresa Somoil, que explora petróleo bruto em terra e no mar, no Soyo, mas não foi bem sucedida. Um funcionári­o da empresa, que se escudou no anonimato, disse não estar autorizado a falar à imprensa.

“Não estou autorizado a falar à imprensa sobre o caso. Posso apenas dizer ao senhor jornalista que o derrame não tem nada a ver com a nossa empresa, porque o tipo de óleo que afectou as praias do Quinfuquen­a e Tombé, no Soyo, não tem as caracterís­ticas do óleo que produzimos nos nossos campos, quer em terra, quer no mar”, disse o funcionári­o da Somoil.

O Ministério do Ambiente, através de uma nota de imprensa, confirma a presença de óleo nos mares do Soyo, que afectaram, desde o dia 1 de Fevereiro, as praias do Quinfuquen­a.

Aquele departamen­to ministeria­l acrescenta que está engajado com a direcção da Somoil e as autoridade­s locais no sentido de averiguare­m as causas do incidente e proceder à avaliação dos danos causados ao ambiente.

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