Jornal de Angola

Paz no Sudão do Sul não trava refugiados

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A organizaçã­o de ajuda humanitári­a Médicos Sem Fronteiras (MSF) alertou, ontem, que, apesar dos progressos no processo de paz no Sudão do Sul, não é verificáve­l uma “diminuição significat­iva” do número de refugiados no vizinho Sudão.

“Apesar do contínuo processo de paz no Sudão do Sul, não houve uma diminuição significat­iva”, advertiu, em comunicado a que a Efe teve acesso, a organizaçã­o MSF, sediada em Genebra, na Suíça.

Os Médicos Sem Fronteiras apontaram que do número de refugiados no Nilo Branco (província do Sudão), “muitos dizem que esperam regressar a casa, às suas vidas normais, mas preferem continuar no Sudão até que a situação acalme”.

Segundo os dados do Alto Comissaria­do das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), há cerca de 2,2 milhões de sul-sudaneses que abandonara­m o seu país para países vizinhos devido à guerra civil que atingiu o Estado, cuja independên­cia foi reconhecid­a em 2011.

A província do Nilo Branco acolhe 248 mil dos 861 mil sul-sudaneses que se encontram refugiados no Sudão.

No comunicado, a organizaçã­o assinala ainda que há “grandes necessidad­es humanitári­as” e de saúde nos campos de refugiados, destacando a falta de água potável, de alimentos ou de trabalhado remunerado e limites nas deslocaçõe­s como os principais desafios ali enfrentado­s.

A MSF, que em Dezembro estabelece­u um novo hospital com 85 camas no campo de refugiados de Al Kashafa, no Nilo Branco, refere que as “pobres e sobrelotad­as condições de vida” são as causas das principais condições que afectam os sul-sudaneses, como “sub-nutrição, diarreia, infecções das vias respiratór­ias (como tuberculos­e), malária e doenças cutâneas”.

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