Fogo Negro volta à pista depois de hiato de anos
Seis anos depois, o grupo “Fogo Negro” regressa ao desfile competitivo do Carnaval no Huambo, confirmou, ontem, à Angop, o director do Gabinete da Cultura, Juventude e Desportos, Jeremias Chissanga.
Com 11 títulos conquistados, em 33 participações, o grupo, fundado no início da década de 80, altura em que os grupos Saidy Mingas e União Seguessa (extintos) eram as maiores referências do Entrudo local, detém a hegemonia na galeria dos vencedores do Carnaval de adultos no Planalto Central.
Este regresso, segundo o responsável, constitui a principal novidade da edição 2020 do Entrudo, cujo desfile, em adulto, realiza-se a 25 de Fevereiro, na cidade do Huambo, com a participação de oito grupos, contra os três da edição passada.
O grupo “Fogo Negro” conquistou o último troféu em 2010, quatro anos antes da desistência, sendo na altura a maior atracção dos desfiles carnavalescos da província, não apenas pelos títulos já conquistados, mas. também, pelo número de foliões que levava consigo para o palco de exibição.
Detém, igualmente, o recorde do maior número de troféus consecutivos (seis), números que faziam dele um candidato antecipado em cada edição do Carnaval que participava.
Jeremias Chissanga referiu que, além do “Fogo Negro”, prevê-se a participação dos grupos Okutuica, Velha Guarda, todos do município do Huambo, Ecos da Gruta (Cachiungo), Ovinjenje (Chinjenje), Wambo Calunga (Caála) e os restantes dois das municipalidades do Longonjo e do Ucuma.
Na classe tradicional, o responsável disse estarem previstos a participação de 12 grupos, sendo que dez já estão inscritos, em representação de nove, dos 11 municípios que compõe a província, excepto os da Caála e Chicala-Cholohanga, que ainda não realizaram a fase municipal.
O responsável disse que para classe infantil, com desfile marcado para o dia 23 de Fevereiro, prevê-se a participação de 13 grupos.
Acrescentou que o desfile, tanto em infantil como em adultos, contará com a participação de oito grupos de animação que, em princípio, devem estar constituídos por artistas, desportistas, parteiras comunitárias, moto-taxistas, estudantes do Instituto Técnico Agrário, de efectivos das Forças Armadas e da Polícia Nacional.
Jeremias Chissanga informou que a instituição trabalha, neste momento, na criação de condições para a realização, com êxito, do desfile provincial do Entrudo, com a mobilização de recursos financeiros e apoios junto dos parceiros e da classe empresarial, através da realização de actividades diversas, entre elas o colóquio sobre o Carnaval.
Prémios
O responsável realçou que a conjuntura económicofinanceira que o país atravessa está a inviabilizar a definição dos prémios, por parte da comissão organizadora, aguardado pela disponibilização das verbas do Ministério da Cultura, do Governo local e de patrocinadores, a exemplo da empresa Cuca Nocebo.
A organização prevê atribuir, para a classe A (de adultos), um prémio aproximado de um milhão de kwanzas ao primeiro classificado, ao passo que para o segundo rondará entre os 600 e 700 mil kz, devendo o terceiro receber entre 500 mil e 600 mil kwanzas.
Para a classe tradicional, referiu, que os prémios poderão ser determinados entre 400 e 600 mil, do terceiro ao primeiro classificados, enquanto os três primeiros da classe infantil, deverão receber um montante entre 500 e 250 mil kwanzas.
A organização perspectiva atribuir 50 mil kwanzas, como prémio de melhor rainha, canção e comandante de cada uma das categorias.
A edição passada teve como principais vencedores os grupos carnavalescos Ovinjenji, do município do Chinjenje, na classe A, de adultos, Ongonjo, do Longonjo, no desfile tradicional, e os Rainha do Milho, da Caála, na categoria infantil.