Norte exerce domínio na Liga dos Campeões
TP Mazembe e Mamelodi Sundowns marcam a diferença na Região Sul de África que perdeu cinco das sete equipas
A conclusão da fase de grupos da 24ª edição da Liga dos Clubes Campeões, no final de semana, reforçou o domínio dos países do Norte no futebol africano, ao colocar seis equipas (75 por cento), entre as oito que continuam em competição.
A presença árabe nos quartos-de-final coincide com o aproveitamento registado pelas formações que iniciaram a corrida em Novembro. Das oito, duas por campeonato, apenas as da Argélia destoaram da consistência competitiva da Tunísia, do Marrocos e do Egipto.
Étoile du Sahel e Esperance de Tunis, ambos tunisinos, ocuparam o primeiro lugar dos grupos B e D, com 12 e 11 pontos somados, respectivamente. A dupla marroquina terminou em segundo no C, Wydad Athletic, nove, e no D, Raja Casablanca, 11, marca igualada pelos egípcios, no B Al Ahly, 11, como no A Zamalek, nove.
A baixa produtividade dos argelinos está expressa no quarto lugar do USM, três pontos, no Grupo C, e no terceiro do JS Kabylie, sete, no D. A safra nivela por baixo o campeonato local e sustenta a tese que atribui o sucesso da Argélia, com as Raposas do Deserto, na Taça de África das Nações disputa no Egipto, à base recrutada por Djamel Belmadi da Europa, com destaque para França e Inglaterra.
Líder do palmarés da competição, oito títulos, seguido pelo TP Mazembe do Congo Democrático, cinco, Zamalek e Esperance, ambos com quatro, o Al Ahly evitou sábado à noite, na última chamada, o afastamento prematuro, ao empatar (1-1) em casa do AlHilal Omdurman do Sudão, tido como menos capaz após o sorteio, no entanto complicou a tarefa aos favoritos.
Peso no continente
A Região Sul de África pode gabar o desempenho do TP Mazembe e Mamelodi Sundowns, por atingirem a maior pontuação, 14, em 18 possíveis, das 16 equipas que superaram as eliminatórias. Os congoleses democratas venceram o Grupo A e os sulafricanos o C, embora dois clubes qualificados, em sete, represente 28,5 por cento no aproveitamento.
A celebrar 80 anos de existência, assinalados no ano passado, razão pela qual o seu proprietário, o empresário e político Moise Katumbi, define como meta a conquista do sexto troféu, o “Todo Poderoso” de Lubumbashi dominou a concorrência. Teve um arranque forte, com duas vitórias seguidas, geriu a vantagem pontual em Luanda e garantiu a passagem na recepção ao 1º de Agosto.
Dominado na prova doméstica pelo Kaiazer Chiefs, líder isolado com 45 pontos, contra 35 do embaixador do país na grande montra do futebol africano de clubes, o Mamelodi passeou classe na série do Petro de Luanda. O Wydad, comandado no início pelo sérvio Zoran Maki, treinador conhecido em Angola, pelos anos de trabalho no Girabola, tentou dar luta, mas sem colocar em causa o controlo do primeiro lugar.