Jornal de Angola

Sonho do Mundial continua presente

Selecção Nacional vai discutir com a Líbia o passe de acesso para o campeonato do mundo a ser organizado pela Lituânia

- Paulo Caculo | Laâyoune

Angola viu ontem adiado, para o jogo derradeiro, diante da Líbia, o sonho de qualificar­se para o Mundial da Lituânia, ao consentir uma pesada derrota (4-0), frente ao campeão em título, Marrocos, em jogo referente às meias-finais, disputado no Arena Hizam Hall, em Laâyoune.

A história do jogo remetenos a períodos de intenso sufoco experiment­ados pelo conjunto nacional, muito por culpa de um adversário que se mostrou manifestam­ente superior e, por isso, mandou no jogo e desde cedo assumiu o domínio territoria­l da contenda.

A selecção da casa surgiu a jogar com grande atitude. Aliás, o conjunto marroquino deixou transparec­er a imagem de uma equipa bastante adulta, muito experiente, bem arrumada, a circular muito bem a bola e a descobrir com alguma naturalida­de os caminhos de acesso à baliza de Neblu.

Fruto desta atitude, acabou sendo também com normalidad­e que os campeões africanos adiantaram-se no marcador, aos 7 minutos, na sequência do golo rubricado por Saoud.

Pese a boa postura demolidora evidenciad­a pelo combinado de Marrocos, a selecção nacional não se limitou a assistir o adversário a jogar. Muito pelo contrário. Teve também posse de bola e procurou, de todas as formas, visar a baliza contrária.

Mas a verdade é que Angola revelou-se impotente para suster a enorme avalanche ofensiva de Marrocos, já que as rápidas jogadas de ataque protagoniz­adas pelo conjunto marroquino causavam sempre calafrios à defesa angolana. Com o terreno inclinado para a baliza de Neblu, não tardou para que a enorme pressão resultasse em golo, no caso o segundo, aos 8 minutos, assinado por Mohamed Jouad, num remate fortíssimo.

A perder por 0-2, aos angolanos era imperioso repensar o ataque. Faltava sempre arte e engenho ao futebol do combinado nacional. Mano Sele e Jó não apareceram no jogo e a equipa ressentiu-se disso. Enquanto isso, a equipa caseira aproveitav­a para engordar, ainda mais, os números da goleada: Saoud, aos 17 minutos "bisou" na partida e, aos 33, El Mesrar fez o 4-0.

Foi a primeira vez que Angola sentiu dificuldad­es maiores na competição. Marrocos foi excepciona­l na forma como soube anular os principais desequilib­radores do jogo ofensivo angolano. Acrescente-se a isso, a componente física, uma variável muito bem aproveitad­a pelos possantes jogadores marroquino­s, para cansar o adversário.

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DR Combinado marroquino dominou a partida sem dar hipótese de reacção aos angolanos

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