Cooperativismo vive transformações positivas
Desde a fundação da UNACA, em 1990, o cooperativismo sofreu transformações positivas, com a execução de projectos e programas agrícolas que contribuem bastante para o desenvolvimento da economia nacional. Hoje, das 2.900 cooperativas associadas à UNACA, 1.383 já foram legalizadas.
O processo de legalização de cooperativas começou em 2015, com a abertura da campanha agrícola na Chicala
Choloanga, altura em que foi defendida a necessidade de o camponês ter um “papel” que devia proteger a sua terra.
Quanto aos projectos de cultivo, o presidente da UNACA, Albano Lussati, defende a necessidade de os governos provinciais e as administrações locais prestarem mais apoio às cooperativas, sobretudo no processo de legalização, tal como referido na Lei sobre Processo de Legalização de Cooperativas (Lei nº 23/15). A Lei, explicou Albano Lussati, diz, no artigo 113, que os emolumentos não devem ser pagos no início do processo de legalização. "Mas, infelizmente, algumas províncias não cumprem, o que tem prejudicado o movimento cooperativo e a usurpação de terras por alguns oportunistas". A UNACA tem registado inúmeras queixas sobre usurpação de terras e a província de Luanda comanda a lista, sendo os municípios de Belas e Viana os focos. Não obstante isso, o representante nacional dos camponeses garantiu que a UNACA conseguiu recuperar algumas terras, passando pela mão da Justiça e das administrações municipais.
"Estamos cientes de que a terra é do Estado e que o Executivo tem projectos sociais para atender o povo. Mas não devemos esquecer que existe a classe camponesa que depende do cultivo, não só para a sua sobrevivência, como para o próprio bem da população que muito depende da alimentação interna", sustentou Albano Lussati.