Jornal de Angola

Taxas na Barra do Kwanza são mais elevadas

- Hélder Jeremias

O valor da portagem sobre a ponte da Barra do Kwanza, que liga Luanda ao Sul de Angola, sobe a partir de 2 de Março para tarifas que chegam aos dois mil kwanzas, no caso dos veículos com reboque e peso bruto superior a 16 toneladas, mais 11 por cento que a cobrança anterior, de 1.770 kwanzas.

O aumento foi anunciado ontem, em comunicado, pelo Fundo Rodoviário e Obras de Emergência (FROE), um documento que dá conta da subida da taxa para motociclos com até 125 de cilindrada (CC), que, de 60, passam a pagar 100 kwanzas, enquanto os com mais de 125 pagam 150.

Segundo o comunicado, os veículos ou reboque com peso bruto de 750 a 3.500 quilos passam a pagar 500 kwanzas, contra 315 kwanzas antes, e os veículos ou reboques de 3.500 a 16 mil quilos pagam mil kwanzas.

A aplicação de taxas de portagem na Barra do Kwanza foi aprovada pelo Decreto Presidenci­al nº 267/19, de 30 de Agosto, com as receitas a decorrerem da necessidad­e de compartici­pação directa dos utentes nos custos de conservaçã­o da infra-estrutura.

A iminente chegada dos aviões comprados pela TAAG ao construtor canadiano Havilland Aircraft está na origem da contrataçã­o de fornecedor­es adicionais de serviços de catering, para o que decorre, desde ontem, um concurso público aberto a empresas nacionais e estrangeir­as.

De acordo com o director do Gabinete de Comunicaçã­o Institucio­nal e Imprensa (GCII) da companhia, Carlos Vicente, os serviços de catering prestados pela empresa LSG Sky Chief têm merecido “nota positiva”, mas a nova dinâmica imprimida pela actual direcção sustenta a necessidad­e de se reforçar esta componente da aviação civil, com a entrada de novos players, numa adjudicaçã­o baseada no critério da “proposta economicam­ente mais vantajosa”.

O responsáve­l informou que o prazo de apresentaç­ão das propostas do concurso, que tem implícita a celebração de um contrato público com prazo de um ano, termina a 10 de Março próximo, para permitir que o possível vencedor disponha de tempo suficiente para a criação de uma estrutura técnica e administra­tiva condizente com os fins do contrato.

A recente entrada em funcioname­nto da Escala Luanda-Lagos (capital económica da Nigéria) é uma prova de que a abertura de novas rotas dentro e fora do continente africano será cada vez mais exigente, dada a elevada procura dos dois voos semanais que interligam as duas capitais, com o que se vislumbra um impacto ainda maior da abertura de novas rotas sobre os serviços de catering disponível.

A abertura da Escala Luanda-Accra (Ghana), prevista para o final do primeiro semestre do ano em curso, representa um dos desafios de curto prazo da agenda de trabalho da Administra­ção da TAAG, agora que a companhia espera pelos dois primeiros DASH-8400, cuja data de chegada está prevista para entre Março e Abril, segundo Carlos Vicente.

“A companhia vai manter na íntegra os serviços da LGS Sky Chief, por se tratar de uma empresa com elevado grau de eficiência, pelo que a contrataçã­o de novas prestadora­s de serviços vem para dar cobertura ao espaço criado pela entrada em funcioname­nto de novas aeronaves e a abertura de rotas no domínio do fornecimen­to de refeições para serviço de bordo”, esclareceu Carlos Vicente.

Pessoal de bordo

A expectativ­a da chegada dos novos aviões tem estado a levar as Linhas Aéreas de Angola (TAAG) a multiplica­rem-se em diferentes licitações, as quais envolvem, também, a contrataçã­o de pessoal.

Tal é o caso de um concurso lançado em Dezembro para contratar 42 pilotos, nomeadamen­te, 21 comandante­s e igual número de co-pilotos, o que foi antecedido, em Setembro, de um concurso para admitir 70 assistente­s de bordo, para o qual, se pré-qualificar­am, em Novembro, 296 candidatos.

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DR Transporta­dora declara-se satisfeita com os serviços da LSG Sky Chief, mas quer outro fornecedor

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