Tribunal reconduz antiga direcção da ASCOFA
O Tribunal Provincial de Luanda ordenou, sexta-feira, a restituição das instalações da sede da Associação de Apoio aos Combatentes das ex-FAPLA (ASCOFA) à direcção liderada por António Fernando “Samora”.
Até então, as instalações eram ocupadas pela ala liderada por Caetano António Marcolino, que se apresenta, também, como presidente da associação.
A decisão do Tribunal Provincial de Luanda resultou de uma providência cautelar de restituição provisória de posse, intentada por António Samora junto da 1ª Secção da Sala do Cível e Administrativo, contra a ala de Caetano António Marcolino.
Com este acto, António Fernando Samora fica autorizado a regressar às instalações e exercer as funções de presidente da associação.
Em declarações ao Jornal de Angola, “Samora” disse que o grupo liderado por Caetano Marcolino tomou a sede nacional da ASCOFA à força, apoiado por uma empresa, com intenções inconfessas. “Ele mantinha, desde Agosto de 2018, uma narrativa cheia de falsidades e calúnias”, frisou.
O presidente da ASCOFA salientou que, além disso, o mesmo fazia anúncios de cadastramento e registo de associados, criando falsas expectativas aos já fragilizados ex-militares.
O dirigente associativo exortou as delegações provinciais, municipais e comunais a continuarem a promover e a implementar projectos agro-pecuários, bem como a incentivar o espírito empreendedor, contribuindo, com isto, para a diversificação da economia.
Por sua vez, Caetano Marcolino disse que vai abdicar das instalações, mas não da ASCOFA, considerando que Samora já não é o presidente da instituição. Prometeu recorrer da decisão do Tribunal e, enquanto durar o processo, o grupo vai trabalhar na rua, nas proximidades da sede da ASCOFA, para permitir uma maior aproximação com os associados.