Jornal de Angola

Aviões Dash começam a chegar no fim de Março

- Madalena José

Dois dos seis aviões Dash 8-400 comprados pela TAAG ao construtor aeronáutic­o canadiano Havilland Aircraft chegam a Angola no fim de Março, o primeiro, e em Abril, o segundo, num programa que se estende até ao fim do ano, revelou ontem, em Luanda, o presidente da Comissão Executiva.

Rui Carreira, que falava à imprensa, à margem de um seminário sobre “Ética, Sustentabi­lidade e Compliance do Sector dos Transporte­s”, realizado pelo Ministério de tutela, declarou que o novo cronograma da chegada dos aviões que deviam ser entregues à TAAG entre Janeiro e Junho, à razão de um por mês, foi adoptado em resultado de um “contratemp­o”.

Os Dash 8-400, de 74 lugares, são tidos como eficientes do ponto de vista do consumo de combustíve­is, gerando na companhia a expectativ­a de virem a reduzir os custos operaciona­is globais, segundo Rui Carreira, que considera a introdução dessas aeronaves como o primeiro passo para a companhia atingir a eficiência económica.

Os custos de manutenção das aeronaves são periódicos e “ad hoc”, o que não constitui maior peso financeiro, o qual está associado às despesas com os combustíve­is e com o pessoal. “Este é o nosso desafio. A companhia vai à procura de aeronaves mais eficientes de ponto de vista de consumo”, afirmou o responsáve­l.

Os novos projectos da companhia levam a substituiç­ão dos cinco Boeing 737700 que operam nas rotas domésticas e regionais de curto alcance (onde podem correspond­er à procura), pelos aparelhos canadianos. As aeronaves “são mais pequenas, mas, pela dimensão da procura, achamos que vão ser suficiente­s”, estima o presidente executivo da TAAG.

O gestor apontou como rentáveis as rotas interconti­nentais, como as que ligam Luanda à Europa e América do Sul, ou destinos como Lisboa, Porto, São Paulo e Havana, o que faz com que a companhia de bandeira esteja a preparar-se, num processo de reestrutur­ação, para procurar novos mercados.

Rui Carreira considerou, também, que, com a saída da sul-africana SAA do mercado angolano, a TAAG passa a voar isolada para Joanesburg­o e a Cidade do Cabo. Ele referiu que “a retirada da SAA poderá complement­ar a procura dos nossos voos”, tendo acrescenta­do que com a operação destas aeronaves, a Comissão Executiva vai avaliar qual será o desempenho da empresa, no que diz respeito à capacidade de investimen­tos para o futuro, em função da expectativ­a gerada pela introdução dos Dash 8-400 nas rotas da companhia.

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